Pedágio: POD reconhece avanços, mas mantém preocupação

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o Ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas apresentaram a nova modelagem das concessões rodoviárias do Paraná, na última quarta-feira (11), no Palácio Iguaçu. O modelo contempla algumas das principais reivindicações feitas pelo Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), mas mantém grande apreensão em alguns pontos que afeta, em especial ao agronegócio, mas senão todo o sistema produtivo do Estado.

O Paraná será o único Estado da Federação que terá uma licitação pelo menor preço. No entanto, isso não resolve todos os problemas que a temática pode trazer novamente para a economia paranaense. O detalhamento de como vai funcionar o degrau tarifário é outro ponto crucial para que a nova proposta avance.

A Região Oeste do Estado concentra um grande parque de obras, fato que pode trazer grave prejuízo com o degrau tarifário. O novo modelo traz avanços, porém ele carece de atenção para que os impactos possam ser mensurados e evitados para não impactar o desenvolvimento regional.

DEGRAU TARIFÁRIO – Em nota, a diretoria do POD afirma que o fato que preocupa é o valor inicial do aporte, fato que vai refletir na tarifa que pode não ficar dentro do justo para a região Oeste. No degrau tarifário, o valor pago será menor por sete anos, mas os demais 23 anos seguem com tarifa cheia e com grande impacto no setor produtivo e para o próprio usuário. O detalhamento do degrau tarifário é outra preocupação do POD, sobre o qual ainda pairam incertezas”.

A nota ainda destaca que “mesmo reconhecendo a conquista da concessão pelo menor preço e o fim da outorga onerosa, o Programa Oeste em Desenvolvimento segue na luta contra a instalação de novas praças de pedágio, entre elas a que poderá ser instalada entre as cidades de Toledo e Cascavel”.

O primeiro vice-presidente Elias José Zydek explica que o POD reconhece que a nova proposta de modelo de pedágio e concessão apresentou evolução em relação à anterior. Mas, o Programa possui algumas preocupações, principalmente, ao que diz respeito ao agronegócio do Paraná. “As maiores obras a serem executadas estão localizadas na região Oeste do Paraná, pois não fomos beneficiados nas concessões anteriores. Isso implica em sofrermos maior impacto com reajuste do degrau tarifário e, por consequência, impactar nas commodities. São preocupações que podem impactar seriamente no agronegócio”.

APORTE – De acordo com o segundo vice-presidente Alci Rotta Junior, outro ponto que causa apreensão é a curva do aporte a partir dos 17% de desconto, fato que pode trazer dificuldades para que os interessados ofertem maior desconto, pois a cada ponto percentual o aporte será de R$ 150 milhões. “Esse fato deve inibir o desconto e encarecer produtos e serviços na Região Oeste, prejudicando diretamente a economia regional”.

Junior salienta que serão mais 15 novas praças de pedágios no Paraná. Com isso, algumas atividades econômicas na região como no Estado podem ter os reflexos. “Nós precisamos de esclarecimentos acerca desse ponto. Nós sabemos que a maior parte do tempo será de tarifa cheia e precisamos repassar mais informações aos empresários”.

Em nota, a diretoria do Programa Oeste em Desenvolvimento afirma que vai seguir na luta e articulação para que a nova proposta siga em evolução e que atenda plenamente a necessidade da Região Oeste. “Desta maneira permitindo que o território siga em pleno desenvolvimento e que possa manter a sua competitividade com estradas que apresentem qualidade e segurança por um preço justo”.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Assessoria