Projeto ComQuímica das Crianças completa dez anos de atuação

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Neste ano, o Projeto ComQuímica das Crianças completa dez anos. As atividades são desenvolvidas por integrantes do corpo docente do curso da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. Com a pandemia, o projeto recebeu nova formatação para continuar em desenvolvimento neste período.

O projeto surgiu a partir de um edital do Conselho Nacional Científico e Tecnológico (CNPq), em 2011, em comemoração ao Ano Internacional da Química. Aquele ano, foi estabelecido como ano da química em resultado da reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), que decorreu de 31 de julho a 6 de agosto de 2009, em Glasgow, na Escócia-Reino Unido.

“Nesta reunião proclamou-se o ano de 2011 como o Ano Internacional da Química, sob o slogan ‘Chemistry: our life, our future’, ‘Química – a nossa vida, o nosso futuro’. A ideia foi realizar uma comemoração global, que aproximasse crianças, jovens e adultos por meio de atividades educativas e de divulgação da Química. O ano de 2011 coincide com o 100º aniversário do prêmio Nobel em Química concedido a Marie Curie (1867-1934), pela descoberta dos elementos rádio (Ra) e polônio (Po)”, recorda a docente do curso de Química e do Programa de Educação em Ciências e Educação Matemática da Unioeste de Toledo e coordenadora do Núcleo de Ensino de Ciências (Necto) e do projeto ComQuímica das Crianças, Marcia Borin da Cunha.

O projeto é uma atividade de extensão universitária que tem como objetivo principal apresentar às crianças a ciência, por meio de atividades investigativas. As crianças participam de oficinas realizadas no Laboratório ComQuímica – isso antes da pandemia – que foi viabilizado com verba do CNPq e está apropriado para utilização com crianças. Nessas oficinas, os alunos discutem temas e realizam atividades experimentais. Antes da pandemia eram realizadas as oficinas presencias, curso de formação de professores e exposições temáticas.

“Para os professores do ensino fundamental, o projeto viabiliza a formação continuada, trazendo aos professores um espaço para aperfeiçoamento de sua prática docente. Essa formação leva em consideração o professor de modo ativo e construtor de suas aulas”, declara a profissional ao acrescentar que o projeto está aberto a qualquer escola pública e particular que atenda o ensino fundamental, em especial estudantes que estão matriculados do 1º ao 5º ano.

ADAPTAÇÃO – No ano de 2020, em função a pandemia, o projeto se adaptou e iniciou a produção e divulgação de podcast. No podcast são narradas histórias da literatura infantil que tem como enredo a ciência. Segundo a coordenadora, a ideia é aprimorar a imaginação das crianças e, a partir das histórias os professores podem desenvolver atividades de ciências. 

O podcast iniciado no ano de 2020 continua sendo disponibilizado e está sendo realizado pelas acadêmicas Camila Rodrigues e Bruna Assumpção. Ele está disponível em plataformas de áudio, no YouTube e Facebook.

EM AÇÃO – “No ano de 2021 estamos com oficinas sobre astronomia, em atividades presenciais nas escolas. Estas oficinas estão destinadas aos quintos anos e são ministradas pelo professor Fábio de Souza Alves do Instituto Federal de Capanema, nosso parceiro do projeto. Para o segundo semestre deste ano, está programado um processo de formação de professores, tendo como foco principal os docentes que ministram aulas nos laboratórios das escolas municipais de Toledo. Esse curso surgiu a partir de um levantamento sobre os laboratórios das escolas municipais, realizado no início deste ano por mim e pela professora Olga Ritter, que atua diretamente no projeto ComQuímica”, esclarece Marcia.

As atividades deste ano são realizadas por meio de parceria entre o projeto e a Secretaria de Municipal de Educação e conta com mestrando, doutorando e pós-doutorando do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Educação Matemática da Unioeste, PPGECEM e Unioeste, campus de Cascavel. 

DESCOBRIR A CIÊNCIA – “Precisamos oferecer às crianças a oportunidade de descobrir a ciência como um processo de busca e investigação. Não podemos admitir que uma criança ‘aprenda’ ciência decorando conceitos, sem entender de onde e como surgiram esses conceitos, assim como é preciso que a crianças experimentem mais, testem mais e sabiam argumentar cientificamente. O projeto este ano completa dez anos de existência e, neste tempo, já perdemos a conta do número de crianças e também de professores que participaram de nossas atividades. É um projeto que tem uma grande história”, conclui a coordenadora.

Da Redação

TOLEDO