Termo de Cooperação entre IDR-Paraná e municípios fortalecerá o desenvolvimento no campo

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Representantes do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), da Secretaria Estadual de Agricultura e do Abastecimento (Seab), da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) e da Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (ComCam) se reuniram em uma live na tarde da última quinta-feira (15), para a celebração de Termos de Cooperação entre o IDR-Paraná e os municípios da Mesorregião Oeste. Na ocasião, o secretário da Seab Norberto Ortigara também comentou os programas estaduais para o setor agropecuário.

A reunião foi conduzida pelo coordenador da Mesorregião Oeste do IDR-Paraná Ivan Decker Raupp. A Mesorregião compreende os municípios da região de Toledo, Cascavel e Campo Mourão. IDR-Paraná foi criado a partir da incorporação do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar) e Centro Paranaense de Referência de Agroecologia (CPRA) pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

Ele tem como missão prestar serviço integrado de pesquisa e experimentação agrícola, de assistência técnica e extensão rural, de fomento no meio rural e de expansão da base de agroecologia para a produção de alimentos de alta qualidade de forma ágil e eficiente.

INTEGRAÇÃO – O presidente IDR-Paraná Natalino Avance de Souza destaca que o IDR é fruto de uma ousadia organizacional. “O governo incorporou quatro instituições de respeito no Paraná. E o que está em jogo não é apenas racionalizar, mas o desafio dessa incorporação é melhorar a entrega. O desafio é entregar com mais qualidade. O IDR nasceu para reduzir desigualdade, fazer o processo de desenvolvimento chegar mais rápido aos produtores. O papel do IDR está ligado a ajudar a agricultura a ter mais renda e qualidade de vida no campo e, ao Estado a ter mais segurança alimentar”.

Ele enfatiza que, apesar de novo, o IDR não perdeu a característica de dialogar com os municípios para entender suas realidades e buscar soluções adequadas. Apesar do grande avanço da agricultura do estado, Souza pontua que ainda há um desequilíbrio com municípios ricos e outros pobres; há também um processo de erosão no Paraná; um distanciamento tecnológico, enquanto alguns produzem muitos, outros não acompanham o desenvolvimento.

“Isso incomoda o Estado e a todos. Por isso, para nós a integração com os municípios é fundamental. O IDR não é um prestador de serviço, somos um braço do Governo no campo para provocar o desenvolvimento e reduzir a desigualdade. Não temos um plano único para todos os municípios. Temos uma disposição para construir com cada município um plano de trabalho baseado na realidade de cada local, com políticas públicas, projetos e ações integrados que não nascem em Curitiba, mas nasce nas discussões com cada município. Juntos podemos potencializar os resultados”.

COOPERAÇÃO – O prefeito de Anahy que assinou o primeiro Termo de Cooperação com o IDR-Paraná do Estado, Carlos Antonio Reis, salienta o histórico de parceria que há do Estado com o município, principalmente para atender os produtores que mais necessitam de atenção. “Nesse sentido o IDR tem feito as suas ações para esse público. Em Anahy as ações partem da reunião do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural. Temos muita alegria em ser o primeiro município a assinar essa parceira porque reconhecemos a importância desse trabalho. Estamos satisfeitos com a parceria”, esclarece.

FOMENTO – O secretário de Estado de Agricultura e do Abastecimento (Seab) Norberto Ortigara lembra que o IDR é uma entidade nova mas com raízes com tradições no meio rural paranaense. Ele cita que na época da fusão das quatro entidades, a proposta era estabelecer uma instância local e regional com grande apoio de técnicos e uma política diferenciada com a soma de esforços.

“Nós temos algumas políticas que conseguimos levar a adiante. Procuramos somar esforços com políticas consonantes com as aspirações da população. Queremos fortalecer o associativismo e o cooperativismo”, pontua.

Na ocasião, Ortigara também citou alguns programas estaduais para fomentar o desenvolvimento do setor agropecuário. Entre eles, o futuro lançamento de um novo edital do programa Coopera Paraná para cooperativas e associações buscarem recursos públicos para suas necessidades; a proposta do Banco do Agricultor com finalidade de baixar os juros para o investimento para melhorar a escala de produção; a isenção do ICMS sobre equipamentos de irrigação, entre outros.

Outro ponto destacado pelo secretário é o certificado internacional de área livre de febre aftosa que o Paraná receberá em breve. “Agora é o momento de comemorar e de manter a ‘pegada’ porque não temos a mais a vacina, vamos ter a atualização cadastral e já iniciamos o processo de fortalecimento dos conselhos de sanidade dos municípios e aumentamos a ação da vigilância”.

Com o certificado internacional, Ortigara destaca o esforço de abertura de um mercado que, até agora, o Paraná não participava. “Estamos com uma estratégia política e comercial com relacionamento com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nos processos agrícolas e sanitários. Queremos a aproximação com os grandes compradores. Temos que que fazer tudo para sustentar essa área livre de aftosa e vender bem para o mundo”, conclui.

Da Redação

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