Toledo – MCR: faltam recursos financeiros para concluir a duplicação

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As obras de duplicação da rodovia BR-163, trecho entre Toledo e Marechal Cândido Rondon estão suspensas. Segundo a assessoria de comunicação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), faltam recursos financeiros para concluir os trabalhos.

O Dnit avançou na construção e já entregou 32,04 quilômetros de pista dupla entre Toledo – próximo ao viaduto de acesso à Rua Barão do Rio Branco – e o trevo de acesso à cidade de Quatro Pontes, cerca de 80% da obra concluída. De acordo com a assessoria, também foram entregues 5,095 quilômetros de marginais, cinco interseções com obras de arte especiais e duas passarelas de pedestres. “Faltam concluir 7,194 quilômetros de pista dupla, 17,82 quilômetros de marginais, quatro interseções com OAE e uma passarela de pedestres”.

Esses trabalhos a serem concluídos correspondem ao trecho urbano de Toledo próximo ao Centro de Eventos Ismael Sperafico e a Rua Barão do Rio Branco, com a finalização do novo viaduto da Rua Rio Grande do Sul. Quando concluído, será um novo acesso à cidade de Toledo.

Outro trecho que também está em obras é entre as cidades de Quatro Pontes e Marechal Cândido Rondon, incluindo os trevos de acessos. A assessoria do Dnit esclarece que não há previsão para encerrar os trabalhos nesse trecho. “O contrato tem um prazo de execução até 25 de julho de 2022. Contudo, considerando as restrições orçamentárias da autarquia, não há previsão de conclusão dessas obras. Os valores previstos na LOA 2022 são bem aquém dos necessários para conclusão. O valor estimado para a conclusão da obra é de, aproximadamente, R$ 117.000.000,00”.

Nos locais, os trabalhos a serem executados são terraplenagem, drenagem e obras de arte corrente, pavimentação, obras de arte especiais, obras geotécnicas, sinalização, iluminação, obras complementares e meio ambiente.

ATRASO – Já no trecho da BR-163, Cascavel e o distrito de Marmelândia, em Realeza, na região Sudoeste do estado, a assessoria do Dnit informa que as obras aguardam a liberação de recursos da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2022 para retomada. “Contudo, os valores previstos na LOA 2022 são bem aquém dos necessários para conclusão”, enfatiza.

A duplicação entre Cascavel e o distrito de Marmelândia compreende 74 quilômetros, sendo que, deste total, 30 quilômetros (Cascavel/Lindoeste) estão liberados para o trânsito de veículos, menos da metade da obra. Já o trecho entre Lindoeste e Capitão Leônidas Marques conta com vários pontos duplicados, mas sem a liberação para o tráfego.

MANUTENÇÃO – Quem utiliza esse trecho da BR-163 percebe que as condições da pista não são adequadas. Com as festividades de final de ano e as férias escolares muitos paranaenses percorreram o trecho. Um leitor do JORNAL DO OESTE relata quem até mesmo o trecho já duplicado e liberado necessita de manutenção para garantir a segurança na via.

Questionada sobre o trabalho de recuperação do trecho liberado, a assessoria de imprensa do Dnit comenta que “existe contrato de manutenção e de conservação vigente para o segmento e os serviços de reparos pontuais estão sendo executados”.

Esse trecho da BR-163 será concedido à iniciativa privada. O projeto prevê uma praça de pedágio em Lindoeste. A tarifa de partida é de R$ 11,46 e qualquer redução vai depender da oferta das empresas participantes no leilão da concessão, que deve ocorrer neste ano na Bolsa de Valores. A rodovia BR-163 é um dos principais eixos para o escoamento de produtos paranaenses e do Mato Grosso do Sul, permitindo, assim, o acesso ao porto de Paranaguá e aos municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Da Redação

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