Trator ‘enrosca’ na rede elétrica em Ouro Preto; Copel demorou mais de 12h pelo atendimento

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O que fazer em caso de acidente: veículo e cabo energizado? Essa foi a dúvida de um leitor do JORNAL DO OESTE. O cidadão encaminhou a informação e as imagens de um incidente ocorrido entre 17h e 17h30 da última segunda-feira (29). Na ocorrência nenhuma pessoa se feriu, porém o que chamou a atenção do leitor foi o tempo em que a Companhia Paranaense de Energia (Copel) levou para prestar o atendimento.

De acordo com o leitor do JO, o seu pai ‘enroscou’ o trator na rede elétrica em Ouro Preto, distrito do município de Toledo. “Eu acionei a emergência da Copel”, relata o cidadão que preferiu não se identificar. Ele conta que até o começo da manhã de ontem (30), nenhum profissional da Companha havia comparecido até o local para verificar o acidente.

Diante da situação, o leitor relata que o seu pai decidiu comparecer na unidade local da Copel e o responsável foi pessoalmente para analisar a ocorrência. Na ocasião, a família foi orientada a acionar o seguro do veículo, porque possivelmente o trator teria mais danos.

“Quando liguei para a Copel, escolhi a opção emergência com risco à vida, porém aguardei alguns minutos até conseguir conversar com um atendente. Naquele momento ainda informei que o tratorista estava dentro do veículo. Porém não obtive êxito”, declara o leitor do JORNAL DO OESTE ao complementar que “a Copel levou mais de 12 horas para atender a ocorrência e somente compareceu até o local, porque procuramos auxílio na empresa de Toledo”.

Em contato com a Companhia, a assessoria de Comunicação informou que a ocorrência foi atendida na manhã de ontem. Também disse que “em situação normal, esse tipo de atendimento é considerado prioritário. Porém, tínhamos um grande volume de emergências decorrentes do temporal do domingo, que também são prioritárias e, por isso, demorou mais do que o normal para ser realizado o atendimento a essa situação”.

Na oportunidade, a assessoria de Comunicação da Copel ressaltou que houve o desligamento da energia quando o trator enroscou na rede elétrica. A Companhia orienta que cada cidadão realize um planejamento cuidadoso dos trabalhos, observando atentamente se as dimensões da máquina ou do equipamento (altura e largura) atendem a uma distância segura da rede elétrica.

RECOMENDAÇÕES – Conforme a assessoria de comunicação da Copel, ao manusear as máquinas agrícolas, o motorista deve desviar dos estais (cabos de aço que prendem os postes ao chão) e ao manobrar veículos e equipamentos, realizar carga e descarga de caminhões, manter a distância mínima de cinco metros de qualquer tipo de estrutura elétrica.

Além disso, “caso o veículo venha a encostar na rede elétrica, o motorista jamais deve tentar sair do maquinário. É preciso chamar imediatamente a Copel, que vai interromper o fornecimento de energia antes de resgatar o condutor”, pontua a Copel ao acrescentar que o motorista nunca deve estacionar máquinas agrícolas debaixo da rede elétrica e deve ter cuidado para não tocar na rede elétrica quando subir em uma árvore para colher frutas ou para realizar podas.

“Ter cuidado com os equipamentos de irrigação. Nunca deixar o jato de água dos irrigadores atingir os fios elétricos; jamais se aproximar ou tocar em cabos elétricos caídos no chão. Se encontrar um fio elétrico caído, é importante sinalizar a área para que ninguém se aproxime e avisar imediatamente a Copel”, são outras orientações repassadas pela Companhia.

A Copel também recomenda não fazer queimadas perto das linhas de transmissão ou de distribuição de energia elétrica. “Além de colocar em risco a sua vida e de outras pessoas, essa prática pode danificar as estruturas do sistema elétrico, causando a queda dos postes e torres, provocando curtos-circuitos, o rompimento de cabos e interrompendo o fornecimento de energia”.

Por fim, a assessoria de comunicação da Copel explica que não é necessário encostar em um cabo para ocorrer uma descarga elétrica. “A simples aproximação de algum material condutor pode gerar um arco elétrico com consequências graves para quem estiver manuseando o material, assim como para quem estiver próximo”.

Da Redação

TOLEDO