Varíola dos macacos: Cascavel confirma caso e 20ª Regional de Toledo pede cuidado para a população

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A Secretaria de Saúde de Cascavel confirmou, na quinta-feira (11), o primeiro caso de varíola dos macacos no município. O paciente diagnosticado com a doença é um homem na faixa etária entre 30 a 39 anos e está em isolamento desde o dia 29 de julho. A confirmação ocorreu na área de abrangência da 10ª Regional de Saúde, mas também coloca em estado de atenção a 20ª Regional de Saúde.

“Penso que é importante termos em mente que as ações de Vigilância em Saúde são permanentes e se dão de forma interrupta”, destaca o médico e diretor da 20ª Regional de Saúde de Toledo, Fernando Pedrotti. “O fato de haver a confirmação era uma questão de tempo, assim como é apenas uma questão de tempo a confirmação de algum caso na região de Toledo”.

Conforme Pedrotti, até a manhã de quinta-feira (11), não havia nenhum registro de caso suspeito entre os 18 municípios da 20ª Regional de Saúde. Ele alerta que a demora no surgimento de pacientes com a doença depende muito dos cuidados de prevenção adotados por parte da população em geral.

“Por outro lado, essa confirmação (caso de Cascavel) demonstra que o sistema de vigilância está funcionando, ou seja, está conseguindo identificar casos suspeitos e realizar a adequada e oportuna investigação e diagnóstico”, pontua o médico.

COMBATE E PREVENÇÃO – Em relação as medidas preventivas, Pedrotti pontua que os órgãos competentes e a população em geral precisam unir forçar. O profissional acrescenta que também é importante que todos estejam bem informados.

“A primeira grande questão é que o tempo a ser utilizado para se referir a esse agravo deve ser Monkeypox, para evitar a possibilidade de que pessoas venham a agredir ou até mesmo matar macacos por acreditar, erroneamente, serem eles os transmissores da doença. A segunda medida é que se evite compartilhar toalhas, roupas de cama e vestimentas pessoais. Já a terceira orientação é que as pessoas que apresentam lesões com a presença de bolhas em pele devem procurar serviços de Saúde para avaliação. Nessas situações deverá ser evitado contato íntimo com outras pessoas uma vez que essa tem se mostrado a principal forma de transmissão em nosso país”, alerta o diretor.

CASO DE CASCAVEL – De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Cascavel, o paciente passou a ter sintomas no dia 24 de julho. Ele teve febre, mal-estar, dor no corpo e o aparecimento de lesões na pele (bolhas de água que se transformam em lesões até que desaparecem completamente). Até o momento, o paciente apresentou quadro leve da doença, ou seja, sem gravidade.

SINTOMAS DA DOENÇA – O tempo de incubação, que é o intervalo entre o contato com uma pessoa infectada e o aparecimento do primeiro sintoma, é entre cinco e 21 dias. Os principais sintomas da doença são: febre, dor de cabeça, mialgia (dores musculares) principalmente dor nas costas, calafrios, cansaço e adenomegalia (aumento dos linfonodos do pescoço).

A varíola dos macacos tende a ser leve com maior número de casos entre crianças e adultos jovens. As pessoas que possuem algum problema de imunidade pode ter mais complicações com a doença. O risco de óbito existe, contudo não é elevado.

HISTÓRICO – A varíola dos macacos foi descoberta pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa. O primeiro caso humano dessa variante foi registrado em 1970 no Congo. Posteriormente, foi relatada em humanos em outros países da África Central e Ocidental.

A doença ressurgiu na Nigéria em 2017, após mais de 40 anos sem casos relatados. Desde então, houve mais de 450 casos relatados no país africano e, pelo menos, oito casos exportados internacionalmente. Entre 2018 e 2021 foram relatados sete casos de varíola dos macacos no Reino Unido, principalmente em pessoas com histórico de viagens para países endêmicos.

Da Redação*

TOLEDO

*Com informações da Agência Brasil

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