Aplicativos de ginástica são aliados para não ficar parado
Um dos maiores perigos, no entanto, é o risco de lesões por falta de experiência ou domínio dos movimentos. Afinal, é da natureza do corpo querer fazer um tipo de exercício mais fácil do que o certo, que exige mais força. “É um tanto perigoso para pessoas que estão começando pela primeira vez a fazer exercícios, sedentárias, ou leigas. Há o risco de a pessoa querer experimentar algo além da capacidade dela, afinal não tem ninguém instruindo ou monitorando”, pontua a personal trainer e professora da academia BodyTech Fabiane Miguel Soares. Uma opção é dar preferência aos aplicativos com vídeos e ver, com clareza, a execução de cada um dos movimentos.
“Todos os exercícios têm opções de adaptação”, lembra Juliana Bissoli, personal trainer e professora da academia All Fitness Presential.
Se o aplicativo não traz outras opções, vale uma pesquisa no YouTube para ver adaptações de movimentos para trabalhar o corpo sem forçar uma área com limitações. “É muito importante respeitar seu corpo para não se machucar. Deu fadiga, fisgou um músculo? Simplesmente pare. Você não deve insistir”, esclarece Fabiane.
É importante lembrar também de dar atenção aos questionamentos iniciais dos aplicativos: nível de condicionamento físico, idade, áreas fortes, etc. “Não adianta colocar nível avançado para gastar mais calorias. Se você é iniciante, tem que saber que vai crescer aos pouquinhos”, conta Juliana.
O mesmo vale para o tempo disponível. “Não adianta colocar uma meta intangível, um pouco todo dia já é maravilhoso”, diz Fabiane.
Antes de qualquer treinamento, faça um aquecimento. “Nunca comece frio. As articulações precisam estar aquecidas”, ensina a professora da BodyTech.
No final de cada treino, o alongamento é essencial. Caso o aplicativo escolhido não dê essa opção, existem apps próprios para isso, como o Alongamento e Flexibilidade e o Alongamento Completo. Ambos gratuitos para iOS e Android.
Outro cuidado se dá em relação ao espaço disponível. Uma regra básica usada para garantir espaço suficiente é ficar em pé no local de treino com os braços abertos. Dê um giro de 360°. Se você não bateu em nenhum móvel ou parede, o espaço é suficiente. Caso possa investir em pelo menos um equipamento para o treino em casa, indicamos o colchonete ou tapete de ioga para não fazer os exercícios no piso. O sofá ou cama não dão o apoio necessário para manter a postura.
É interessante que a pessoa intercale o tipo de treino. “Se você corre todos os dias não é legal. Sobrecarrega o tornozelo, o joelho, então é bacana trocar por bike, natação, aula coletiva”, sugere Juliana.
O ideal é se exercitar ao menos três vezes por semana e no máximo seis dias seguidos para garantir a recuperação do corpo com um dia de descanso. Alimente-se ao menos uma hora antes do treino com comidas leves e lembre-se de hidratar-se antes, durante e depois do treino. Quanto ao horário, o ideal é que seja na parte da manhã. “Depende muito de cada um e de cada rotina, mas se possível é interessante que o exercício seja feito durante o período do dia, não muito tarde, porque isso influencia no sono. É essencial que a pessoa aprenda a adicionar o treino na sua rotina de home office”, diz a personal trainer.
Testamos vários aplicativos disponíveis no mercado para saber quais são as melhores. O resultado você confere na próxima página. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.