Com estrutura encomendada na França, o Palácio de Cristal foi inaugurado em 1884

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Inaugurado em 2 de fevereiro de 1884, o Palácio de Cristal foi tombado pelo Iphan junto com a Praça da Confluência em 1967. A bela construção fica na região central de Petrópolis e é o ponto turístico mais visitado da cidade.

A pedra fundamental foi colocada na Praça da Confluência – que recebeu esse nome por ficar na região que marca o encontro de dois rios que cruzam Petrópolis -, em 1879, exatamente cinco anos antes inauguração do palácio. Quem decidiu pela construção foi o Conde d’Eu, que se tornou príncipe consorte ao se casar com a Princesa Isabel.

“Conde d’Eu era presidente de uma associação de hortícolas em Petrópolis. Ele construiu o Palácio de Cristal para abrigar essa exposição. Foi inspirado no Palácio de Cristal de Londres, com a estrutura sendo toda encomendada da França”, explica a historiadora Roselene Martins.

A inauguração contou com um grandioso baile, que reuniu muitos membros da família imperial. Nos anos seguintes, o Palácio de Cristal sediou eventos importantes, mas perdeu importância com a Proclamação da República, em 1889.

Com o passar dos tempos, o local sofreu outro impacto: o da descaracterização. A falta de ocupação do espaço e uma série de intervenções afastaram a construção do seu projeto original, o que começou a ser revertido a partir dos anos 1990. Nas últimas décadas, o Palácio de Cristal retomou sua vocação original e se tornou palco dos principais eventos de Petrópolis.

“É um dos maiores patrimônios turísticos que nós temos na cidade, e com certeza o maior em termos de visitação. Ele abriga todas as nossas principais festas, e vínhamos há um tempo tentando retomar essa obra”, disse o prefeito em exercício, Hingo Hammes (DEM). “Nossa meta é tê-lo de volta até novembro para, no fim do ano, podermos fazer novamente o nosso Natal Imperial.” Segundo a Secretaria de Obras de Petrópolis, as obras de melhoria do palácio e da Praça da Confluência foram orçadas inicialmente em R$ 1,14 milhão. Após o embargo, dois novos aditivos – que somaram R$ 211 mil – foram feitos, ambos voltados ao projeto arqueológico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.