Filho de Bolaños planeja live-action de ‘Chapolin Colorado’ e nova série ‘Chaves’
“Estamos trabalhando paralelamente em um filme de ação. Faz pouco tempo que pensamos nisso. Temos que fazer todo um processo que tem a ver com o tamanho do que pode ser feito. O orçamento é uma limitação monstruosa”, declarou Roberto Gómez Fernández, em entrevista à revista GQ.
O filho de Bolaños tem consciência de que uma grande produção exige milhões de dólares. “Não temos certeza se podemos fazer um filme de super-herói americano que custa 20 milhões de dólares, mas algo que tem uma produção de primeira qualidade”, declarou. Na obra de Bolaños, super-heróis como o Polegar Vermelho e o americano Super-Sam, conhecido pelo bordão “time is money” e que carregava uma bolsa de pano aparentemente com dinheiro, sempre foram ‘modestos’.
A ideia de Fernández agora é fazer uma live-action de Chapolin, com atores reais e conhecidos do grande público, inclusive em território americano: “Tem que haver um espectro de reconhecimento muito importante, que ele seja conhecido nos Estados Unidos ou que seja um desconhecido, mas que a representação do personagem seja ótima. Não é fácil”.
Em 2020, o personagem completou 50 anos de vida e houve o lançamento de diversos produtos com a marca. Em agosto deste ano, as obras de Roberto Bolaños tiveram exibição cancelada pela Televisa. Segundo informações da imprensa mexicana, a família do ator e o canal não chegaram a um acordo sobre os direitos da série.
Em 2021, o seriado Chaves completará 50 anos – para a agonia dos ‘chavesmaníacos’, fora do ar. Porém, Gómez Fernández planeja um spin-off. Na visão do filho de Bolaños, os programas originais são intocáveis e o Grupo Chespirito já está analisando formas de continuar contanto histórias da Vila. “Existem outras possibilidades de mudar. Tem uma história que nunca apareceu na televisão: de onde veio o cara (Chaves). Ele (Bolaños) publicou em livro (“El Diario de El Chavo”) e também tem a visão dos diferentes personagens que estão no bairro”, disse.
Imagine conhecer a história de onde veio, afinal, o menino Chaves, do número 8? Acompanhar como era a vida de Dona Florinda quando o pai de Quico ainda era vivo? Ou imaginar a Bruxa do 71, ou melhor, Dona Clotilde, quando era jovem? As possibilidades são inúmeras e causam entusiasmo só de pensar.
No entanto, Gómez Fernández não deu mais detalhes sobre como seria a nova série. “Temos algumas ideias sendo revisadas, nada específico”, concluiu.