Série digital do Sesc Pinheiros,’Muito Prazer, Meu Primeiro Disco’, chega ao seu último episódio com entrevista de Fafá de Belém

13

O projeto Muito Prazer, Meu Primeiro Disco, do Sesc Pinheiros, chega ao seu último episódio com a entrevista de Fafá de Belém sobre o seu álbum de estreia Tamba-Tajá, de 1976. A série reuniu ao todo seis episódios com nomes de destaque da música popular brasileira, num recorte de produções musicais entre as décadas de 60 e 70. A conversa com a cantora e compositora ficará disponível a partir do dia 8 de maio, às 20h, no YouTube do Sesc Pinheiros (youtube.com/sescpinheiros) e na plataforma do Sesc Digital.

Em clima contagiante, entre as gargalhadas marcantes e únicas de Fafá, a cantora conta como começou sua carreira artística e compartilha curiosidades e peripécias vividas ao longo das quase cinco décadas de trajetória.

A paraense Fafá de Belém é reconhecida como uma destacada intérprete do universo da canção brasileira. Em seu trabalho é possível reconhecer as contribuições de diversas sonoridades oriundas da região Norte do país, em especial do carimbó, que constituem uma assinatura estética em sua vasta obra e dialogam com seu potente canto e com seus arranjos arrojados.

A trajetória da artista costura ainda uma forte influência do jazz e, principalmente, da MPB, universo com o qual seu trabalho se atrela. Fafá de Belém iniciou sua carreira em meados da década de 1970, com o lançamento de seu primeiro álbum, Tamba-Tajá   (1976). O trabalho reunia um repertório eclético de canções, que ia do forró ao carimbó, e foi recebido efusivamente por público e crítica à época. Ao longo de sua carreira, a artista gravou 24 álbuns, e seu trabalho mais recente chama-se Humana, de 2019.

Disco Tamba-Tajá (1976) – gravadora: Polydor Records

Faixas:

Lado A

1. “Indauê Tupã”, Paulo André, Ruy Barata

2. “Tamba-Tajá”, Waldemar Henriquee

3. “Siriê”, Edil Pacheco, Paulinho Diniz

4. “Vento Negro”, Fogaça, Kledir Ramil

5. “Xamêgo”, Luiz Gonzaga, Miguel Lima

6. “Haragana”, Quico Castro Neves

7. “Canção da Volta”, Antônio Maria, Ismael Neto

Lado B

1. “Pode Entrar”, Walter Queiroz

2. “Cá Já”, Caetano Veloso

3. “Gaudêncio 7 Luas”, Luiz Coronel, Marco Vasconcelos

4. “Fazenda”, Nelsinho Ângelo

5. “Esse Rio é Minha Rua”, Paulo André, Ruy Barata

6. “Fracasso”, Mário Lago


Sobre o Muito Prazer, Meu Primeiro Disco

O projeto joga luz sobre álbuns de estreia que, já nesse momento inicial, se mostram relevantes e consistentes, revelando marcas da trajetória posterior do artista. Em cada episódio, um músico fala sobre o processo de criação e produção do disco, faixa a faixa, compartilhando ainda histórias e memórias afetivas.

“As hoje consagradas carreiras de todos esses artistas tiveram um ponto de partida. É sobre essas ‘pedras fundamentais’ da música popular brasileira que a gente vai se debruçar. Para além da riqueza de informações, é comovente ver esses criadores e criadoras olharem em perspectiva para um período tão marcante de formação – não apenas musical – de suas vidas”, comenta Lucas Nobile, que acrescenta: “são discos que fizeram (e ainda fazem) parte da vida de muita gente. A série tem esse caráter documental e a intenção de manter acesos esses patrimônios da cultura e da identidade brasileiras”.

O projeto foi idealizado pelo jornalista e escritor Lucas Nobile, com curadoria dele e de Zuza Homem de Mello (1933-2020), musicólogo, jornalista e produtor musical, com quem dividia as entrevistas. A mediação ficou por conta da jornalista Adriana Couto. Com a partida de Zuza, a partir da terceira edição, Adriana Couto assume também, ao lado de Lucas Nobile, o papel de entrevistadora. Um texto crítico sobre as obras abordadas, assinado por Lucas Nobile, também acompanha os vídeos.

A série Muito Prazer, Meu Primeiro Disco, nos episódios anteriores, contou com a participação de Gilberto Gil, Chico Buarque de Hollanda, João Bosco, Leci Brandão e Alcione. Confira:

Entrevista com Gilberto Gil
https://bit.ly/MPMPD_GilbertoGil

Entrevista com Chico Buarque
http://bit.ly/MPMPD_ChicoBuarque

Entrevista com João Bosco
http://bit.ly/MPMPD_JoaoBosco

Entrevista com Leci Brandão
http://bit.ly/MPMPD_LeciBrandao

Entrevista com Alcione
http://bit.ly/MPMPD_Alcione

Saiba mais sobre os entrevistadores

Adriana Couto é jornalista e apresentadora do Programa Metrópolis, da TV Cultura há mais de dez anos, e do Programa Nova Mnanhã, da Rádio Nova Brasil FM. Na TV Cultura também comandou a bancada do Jornal da Cultura. Começou a carreira na Rádio CBN, ainda estudante de jornalismo da PUC-SP. Como apresentadora e repórter do Canal Futura/RJ aprofundou sua pesquisa em educação e jornalismo público. Na TV Globo, trabalhou como repórter do programa musical FAMA e do RJTV. Em 2016 e 2018, ganhou o Prêmio Comunique-se na categoria jornalismo cultural/mídia falada. Dirigiu o curta documental “O Fervo”, sua primeira experiência na direção. Temas como arte, educação, cultura e diversidade acompanham toda sua trajetória profissional.

Lucas Nobile é jornalista e autor de “Raphael Rabello: o violão em erupção” (Ed. 34, 2018), “Dona Ivone Lara: A Primeira-Dama do Samba” (Sonora Ed., 2015) e de alguns volumes da Coleção Folha – Tom Jobim. Trabalhou como repórter de música dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, além de ter feito colaborações para o Prêmio da Música Brasileira, Instituto Moreira Salles (Rádio Batuta), Rolling Stone e diversos outros meios jornalísticos. É pesquisador e produtor musical do documentário “Garoto, o gênio das cordas”.

Zuza Homem de Mello (1933-2020) foi jornalista e produtor musical. Estudou nos EUA na School of Jazz de Tanglewood, MA, e na The Juilliard School of Music de Nova York, NY. Foram 65 anos dedicados à divulgação e preservação da música brasileira e do jazz. Atuou como crítico musical, idealizou, programou, produziu e apresentou programas de rádio, produziu shows e discos, além de ter sido curador de importantes eventos e festivais. Autor dos livros: “Música popular brasileira cantada e contada” (Melhoramentos, 1976); “A Canção no Tempo”, Volumes 1 e 2, com Jairo Severiano (Ed. 34, 1997-98); “João Gilberto” (Publifolha, 2001); “A Era dos festivais” (Ed. 34, 2003); “Música nas veias” (Ed. 34, 2007); “Eis aqui os Bossa Nova” (Editora Martins Fontes, 2008); “Música com Z” (Editora 34, 2014), contemplado com o Prêmio APCA; Copacabana, a trajetória do samba-canção, (Ed. 34 e Edições Sesc, 2017) e biografia de João Gilberto (Ed. 34, 2001).

+ SESC NA QUARENTENA

Durante o período de distanciamento social, em que as unidades do Sesc no estado de São Paulo permanecem fechadas para evitar a propagação do novo coronavírus, um conjunto de iniciativas garantem a continuidade de sua ação sociocultural nas diversas áreas em que atua. Pelos canais digitais e redes sociais, o público pode acompanhar o andamento dessas ações e ter acesso a conteúdos exclusivos de forma gratuita e irrestrita. Confira a programação e fique #EmCasaComSesc.


Mesa Brasil | Tecido Solidário | Fabricação Digital de Protetores Faciais | Teatro | Música | Dança | Cinema | Esporte | Crianças | Ideias | SescTV | Selo Sesc | Edições Sesc São Paulo | Youtube Sesc São Paulo | Instagram Sesc Ao Vivo | Portal Sesc SP

+ SESC DIGITAL

A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado.

Saiba +: Sesc Digital

Da Assessoria