Teatro Guaíra encerra ano com “O Quebra-Nozes” e encontro de gerações

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O Teatro Guaíra recebeu uma primeira grande festa de encerramento de 2023, com direito a pernas de pau e Cia dos Palhaços na entrada e a estreia de “O Quebra-Nozes” nos palcos. O espetáculo tem uma curta temporada até 20 de dezembro, já com ingressos esgotados, e reúne todos os corpos artísticos do Governo do Paraná: Balé Teatro Guaíra, Escola de Dança Teatro Guaíra, G2 Cia de Dança Teatro Guaíra e Orquestra Sinfônica do Paraná.

Milhares de pessoas acompanharam a abertura e a expectativa é alcançar público total superior a 10 mil pessoas. São 200 profissionais, entre artistas e a equipe técnica, na peça que faz uma releitura do balé de E.T.A. Hoffmann, que remonta a 1816.

“A noite de estreia marcou esse encontro inédito com os quatro corpos artísticos do Centro Cultural Teatro Guaíra. E a mágica aconteceu quando o quinto corpo artístico entrou em cena: o público”, disse o bailarino Rene Sato. “É difícil explicar. Acontece, você vê nos olhos, nos poros de cada artista, em cada nota, em cada passo. A plateia vibrando com um único propósito de celebrar é muito potente. Foi uma honra participar desse momento”.

Para o diretor musical e regente titular da Orquestra Sinfônica do Paraná, Roberto Tibiriçá, foi um encontro extremamente emocionante. “A preparação de todo esse trabalho de equipe foi exaustiva. E foi muito bonito abrir a cortina e ouvir o público”, afirmou.

Bailarina que cresceu no Teatro Guaíra, Deborah Chibiaque faz Clara, a menina-moça que não sai de cena. “Encontrei aqueles olhinhos cheios de novidade diante do primeiro espetáculo grandioso, me lembrei de admirar muitos artistas que estavam há mais tempo na companhia e hoje estou ao lado do G2. Eu acho que foi neste momento que me dei conta do tanto de gente especial envolvida e da sensação de crescer dentro desta casa”, completou.

Figura carimbada nas três versões de “O Quebra-Nozes” já produzidas pela casa, Ricardo Garanhani, que integra a G2 Cia. de Dança Teatro Guaíra, a dos sêniors, destacou a interação das gerações. “Poder estar em cena junto com esses jovens artistas e futuros profissionais foi muito legal. Foi uma emoção completamente diferente porque envolveu toda a família Teatro Guaíra”, contou.

PÚBLICO – A noite de estreia contou com apoio de diversas instituições sociais. O Lar de Idosos Recanto do Tarumã, a Associação Cristã Semeador, o Instituto Berbigier, que atende pessoas com doenças raras, a ONG Futebol de Rua e a Associação Irmão Sol e Irmã Lua levaram pessoas para o espetáculo.

Letícia Fanini, mãe de Lorenzo, atendido pelo Instituto Berbigier, foi bailarina na infância e vivenciou um momento memorável. “Eu estudei Belas Artes, então esse movimento cultural sempre esteve presente na minha família. Ter ido com o Lorenzo na estreia dessa peça e acompanhar os olhinhos fixos, mesmo com a deficiência auditiva, foi inesquecível”, relatou.

Ana Laura, de 9 anos, assistiu a peça ao lado da mãe,Tatiane Cristina Bassan. “Quase que eu chorei no final. Foi muito lindo, o melhor espetáculo que eu já fui na minha vida”, disse.

PROMOÇÃO – Essa temporada é realizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura, tendo como instituição beneficiada o Hospital Pequeno Príncipe, o patrocínio da Sanepar, Kuhn, MA Máquinas, All4Labels, Electra Energy, Arotubi e ALT, e realização da Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra, PalcoParaná, Centro Cultural Teatro Guaíra, Secretaria de Estado da Cultura, Governo do Estado do Paraná e Ministério da Cultura.

Da AEN

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