Coluna do Editor 22/06/2021

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O leitor escreve…

O leitor Claudio Lemes Louzada enviou mensagem sobre o Editorial publicado a respeito da ideia de transformar o Aeroporto Municipal Luiz Dalcanale Filho numa referência para transporte de cargas. “Todas as soluções apresentadas nos últimos 10 anos para o aeroporto Luiz Dalcante Filho esbaram no mesmo problema. Falta de financiamento para tornar o aeroporto com a infraestrutura condizente com a do século 21 e a moderna aviação. O sítio aeroportuário é excelente e indiscutivelmente é o melhor da região”.

Maiores

“A proposta de tornar o aeroporto de Toledo em um aeroporto de Carga e consequentemente em um melhor aeroporto para os passageiros é um bom caminho. Mas, as aeronaves de carga estão entre as maiores e as mais pesadas. Imediatamente, temos que pensar que exigirão pistas de pouso maiores, mais largas e de alta resistência do piso. Não será com pista de 1.670 x 30m e PCN 33 ( do inglês Pavement Classification Number), resistência aproximada de 55 toneladas que o aeroporto se tornará um aeroporto de carga”.

Questões técnicas

Ele ainda enviou um cálculo simplificado quanto à questão do que é necessário investir para este aumento de capacidade de suporte na pista.

Crescimento

Claudio Lemes Louzada questiona ainda qual o plano diretor, de zoneamento e ocupação das áreas adjacentes ao aeroporto por parte da Prefeitura de Toledo. “A cidade já se move rapidamente em direção ao aeroporto com novas construções e moradias. O entorno do aeroporto deve ficar livre por motivos óbvios. O bairro Independência está a apenas 3,0 Km da cabeceira da pista de pouso e crescendo”.

Deficiências

“Na área logística, a região ainda sofre de sérias deficiências, especialmente na entrega de encomendas e de documentos. É um segmento que os Correios estão perdendo espaço para grandes empresas internacionais como Amazon, DHL, UPS e FedEx operadoras de frotas terrestres e aeronaves de carga. Além disso, o grande salto do comércio eletrônico, de 12% ao ano nos últimos cinco anos no Brasil, levou empresas, como a Lojas Americanas (B2W), Magazine Luiza, Submarino, Via Varejo, Mercado Livre e Lojas Bemol a investir em logística e em serviços próprios de entrega rápida inclusive aeronaves (Mercado Livre, Dux Forwarding e Bemol) e, assim, garantir mais fatias no mercado potencial”.

Tendências

“Toledo, precisa ficar atenta as essas tendências fortes do modal aéreo e não pensar somente nas congêneres hoje estabelecidas. Motivo suficiente para reconsiderar apenas os turboélices ou os jatos regionais em seu aeroporto e não excluir da cadeia logística operadoras de aeronaves maiores de carga e passageiros”, escreveu Claudio.

Barulho

Por fim, o leitor lembra que as aeronaves de carga trabalham principalmente à noite. “São as mais antigas e que podem emitir barulho bem superior as modernas aeronaves Airbus A320-NEO e Boeing B737-MAX com ruído máximo de apenas 95 decibéis (dB). Uma moto sem escapamento emite 118 dB”.

Menos barulho

Ele tem razão, é isso mesmo, nosso futuro seria justamente de transformar o aeroporto toledano numa referência de cargas, mas como nesta cidade não pode fazer barulho… Já imaginou um 727 pousando 22 horas???

Kartódromo

Nunca deixarei de citar a questão do kartódromo que havia em Toledo, um dos mais técnicos e modernos do Brasil, fechado porque fazia “muito barulho”. Hoje é o Parque Urbano Frei Alceu, no Jardim Porto Alegre.

Democracia

Na sessão de ontem (21), o líder do Governo na Câmara de Toledo, vereador Dudu Barbosa (Republicanos), fez um desabafo sobre as mensagens recebidas por ele sobre seu posicionamento. Disse ele que, dentro do Legislativo, todos têm o mesmo peso de representatividade e que o Plenário era o espaço democrático pela pluralidade de ideias. “Precisamos fazer a discussão de tudo que é para ser discutido e é preciso que a comunidade respeite. Ninguém aqui caiu de paraquedas”, desabafou.

Boletim médico

De acordo com o último boletim médico, o presidente do Sindicato Rural de Toledo, Nelson Paludo, segue com o quadro de saúde estável e com leve melhora. Já está sendo possível reduzir o uso de algumas medicações e alguns sedativos.