Toledo sedia o 27º Encontro Paranaense de Alcoólicos Anônimos e Al-Anon

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Corações do Paraná e de outras regiões se encontram em Toledo para celebrar a esperança, a partilha e a recuperação. Nos dias 27 e 28, as Áreas 17 e 37 realizam o 27º Encontro Paranaense de Alcoólicos Anônimos e Al-Anon, no Centro de Eventos Ismael Sperafico.

O evento vai reunir membros, familiares e amigos dos em um fim de semana de comunhão, escuta e fortalecimento mútuo. Ao todo são 250 grupos de diferentes locais do Brasil e de outros países. Além das partilhas emocionantes, a programação também inclui refeições no local, com destaque para pratos típicos como costelão, arroz carreteiro, porco no rolete e acompanhamentos.

De acordo com a organização, o encontro tem como objetivo fortalecer os laços entre os grupos, proporcionar momentos de partilha de experiências e oferecer apoio mútuo entre aqueles que enfrentam os desafios relacionados ao alcoolismo, seja de forma direta (como membros de A.A.) ou indireta (como familiares e amigos, participantes do Al-Anon).

A expectativa é reunir participantes de diversas regiões do Paraná e até de outros estados. “Mais do que um encontro, esse é um momento de renovação. Muitos chegam aqui em busca de força, outros para agradecer. Mas todos saem com o coração cheio”, afirma a organização do evento.

PRINCÍPIOS – Durante o Encontro, um dos temas abordados é o apadrinhamento do serviço. “A pessoa foi eleita para o cargo, porém não tem conhecimento de como funciona a irmandade. Com isso, alguém preciso apadrinha-lo no serviço. Além disso, o grupo tem procedimentos e princípios. Princípios que devem ser seguidos”, pontua a organização ao complementar que o segredo é estar na próxima reunião. “Assim o diálogo é mantido”.

Outro fator a ser abordado é a Saúde Mental. “As sequelas são neurocognitivas após parar com o álcool. Às vezes a pessoa está mudando o seu comportamento, porém começa a apresentar alguns sintomas. Algo que eu imaginava que só aconteceria se estivesse bebendo”, pontua a organização do evento.

Ela complementa que o uso do álcool é abusivo e deixa sequelas no cérebro, as quais podem demorar anos para se manifestar, como a demência ou casos de Alzheimer e de cirrose. “O objetivo de grupo é que cada pessoa se conheça. Conheça como é o seu comportamento durante a abstinência. Se conheça e trabalhe para se modificar. O alcoólico anônimo vai se construindo ao longo do período; modificando costumes e valores, vai se aperfeiçoando cada vez mais”.

Na reunião, cada participante conta a sua história de vida. “A doença do alcoolismo não afeta só o doente, e sim, as pessoas que estão em nossa volta. Ela é uma doença covarde! Eu era alcoólatra! Eu sabia disso, eu só não sabia como parar. Eu tinha a noção do que estava vivendo e já tinha a noção do que a minha vida tinha sido desgovernada. O alcoolismo é semelhante a um campo minado. Você tem a opção de tentar atravessar correndo ou ‘olhar’ quem está do outro lado do campo minado e seguir as pegadas de quem conseguiu e isso é uma filosofia de AA. A sala de aula está aberta para qualquer pessoa, seja ao alcoolista ou não. Todo mundo é bem-vindo”.

Da Redação

TOLEDO

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