Sessão Solene na Assembleia Legislativa presta homenagem aos 30 anos da Central de Transplantes do Paraná

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Por proposição da deputada estadual Secretária Márcia Huçulak (PSD), a Assembleia Legislativa realiza nesta terça-feira (09/12) uma sessão solene em homenagem aos 30 anos da Central de Transplantes do Paraná, que serão completados no dia 13 de dezembro.

Na ocasião, a instituição, órgãos parceiros, profissionais, transplantados, doadores e seus familiares terão o trabalho e contribuição reconhecidos por título de menção honrosa.

De acordo com a deputada, a Central é a grande responsável pelo desenvolvimento e consolidação de um serviço que transformou o Paraná em referência nacional de doação e transplantes.

 “Somos referência numa área altamente complexa, que exige um sistema muito eficiente, profissionais qualificados e dedicação absoluta”, diz Márcia. “A Central traduz a essência da saúde pública: salvar vidas e garantir melhores condições de vida para os pacientes.”

Segundo ela, a Alep cumpre uma missão nobre ao reconhecer uma história de excelência , desenvolvida com louvor e competência por grandes quadros do serviço público do Paraná. Ela destaca que o os transplantes são realizados integralmente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

A central está vinculada à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

História de avanços

Como diretora de Sesa, em 1998, Márcia participou ativamente do impulsionamento dos transplantes no estado – à época, o 17º colocado em transplantes no Brasil.

A escalada foi contínua. Em 2024, pelo segundo ano consecutivo, o Paraná foi líder em doação de órgãos no Brasil, com 42,3 doadores por milhão da população (pmp, a métrica internacional do setor), mais que o dobro da média brasileira. Liderou também em número de órgãos efetivamente transplantados: 36 pmp, enquanto a média nacional é de 17,5.

No ano passado, foram realizados 1.248 transplantes de córnea, 550 de rim (sendo 52 entre vivos), 304 de fígado, 6 de pâncreas e 43 de coração.

O Paraná tem a menor taxa de recusa de autorização de doação (que precisa ser feito pela família): 28%, contra uma média nacional de 46%.

A comparação internacional torna os resultados ainda mais expressivos. O Paraná seria o terceiro no ranking global de doadores, atrás apenas da Espanha e dos Estados Unidos, de acordo com o governo estadual.

Origem e estrutura

O cenário de excelência é fruto direto de um trabalho que começou de forma sistemática em 13 de dezembro de 1995, com a criação da Central Estadual de Transplantes do Paraná (CET-PR), sediada em Curitiba.

A unidade passou a ser responsável pela gestão do Sistema de Transplantes do Paraná (SET-PR), fazendo o planejamento e a execução das políticas públicas da área.

Nos anos 2000, num processo de desenvolvimento contínuo, houve a criação das centrais regionais de Cascavel, Londrina e Maringá, além do fortalecimento das OPOs (Organização para Procura de Órgãos), a estrutura necessária por identificar potenciais doadores, organizar o processo de doação e realizar a captação dos órgãos para o transplante.

A estruturação da rede de transplantes do estado também foi se consolidando. Atualmente, ela conta com 67 Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTTs, que atuam nos hospitais), 4 OPOs, 4 Câmaras Técnicas (fígado, coração/pulmão, córneas e rins), 22 equipes de transplantes de órgãos, 6 laboratórios de compatibilidade de tecidos e 5 bancos de tecidos.

A estruturação gerou marcos. Em relação a 2010, houve crescimento de mais de 350% nas doações efetivas. Em 2017, por exemplo, foi zerada a fila de espera de córnea. Em 2018 foi formalizado o Plano Estadual de Doação e Transplantes (PEDT).

Doação, o que é e como funciona

Os órgãos doados são destinados a pacientes que aguardam transplante numa fila de espera fiscalizada pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde e pela Central Estadual.

Não se trata de uma fila que anda por ordem de chegada, mas que respeita uma série de critérios, como compatibilidade órgão/paciente, gravidade da doença, tempo de espera, entre outros critérios de um processo seguro e transparente.

Podem ser doados coração, rins, pâncreas, pulmões e fígado (órgãos), além de córnea, pele, ossos, tendões e válvulas cardíacas.

Um doador tem o potencial de beneficiar até oito pessoas. O transplante efetivo, no entanto, depende do estado de cada órgão ou tecido e da compatibilidade com os pacientes da fila.

A doação pode ser feita por autorização dos familiares após a confirmação da morte encefálica, quando não há possibilidade de reversão da perda de função do cérebro (um processo seguro que respeita vários exames de confirmação).

Essa é a forma que viabiliza a maior parte dos transplantes no Brasil. Por isso, medida que ajuda a melhorar os índices de transplantes é o doador registrar em vida sua intenção – e comunicá-la aos familiares.

A doação também pode ocorrer entre pessoas vivas, somente quando não oferece riscos significativos, de rim, parte do fígado, parte do pulmão (casos raros) e medula óssea.

Clique aqui e veja como se tornar um doador.

Serviço:

Sessão solene

Central de Transplantes do Paraná, 30 anos

Proponente: Secretária Márcia (PSD).

Dia 09 de dezembro, terça-feira.

10h30

Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná.

ALEP

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