Alunos com altas habilidades e superdotação precisam de acompanhamento multidisciplinar
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Identificar e compreender altas habilidades e superdotação vai muito além de reconhecer um estudante com notas acima da média. Essas características envolvem potencial em áreas como intelectual, acadêmica, artística, psicomotora, de liderança entre outras, exigindo atenção especial de pais, professores e profissionais para que talentos sejam desenvolvidos sem gerar sobrecarga emocional.
MITOS – Um dos mitos mais comuns sobre pessoas com altas habilidades ou superdotação é a ideia de que elas precisam ser boas em tudo. Nesse sentido, as expectativas devem ser alinhadas por meio da psicoeducação, conforme orienta a psicóloga Ana Kiara Franzão. “É necessário entender o conceito e perceber quais são as habilidades e as dificuldades do indivíduo. Outro desafio é o psicológico, muitas vezes pela diferença de maturidade cognitiva e emocional que podem estar em descompasso, podendo gerar ansiedade e depressão”, destaca.
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Os riscos psicológicos para o desenvolvimento saudável são um sinal de alerta. No ambiente familiar, é comum que haja pressão dos pais para que o filho seja sempre o melhor em tudo. Já na escola, a situação pode resultar em exclusão e discriminação, aponta Franzão.
CONHECIMENTO – Buscar informações e alinhar expectativas à realidade é essencial tanto para pais quanto para professores. “Hoje em dia temos a facilidade de cursos online, com especialistas renomados que podem auxiliar com a tal questão. Buscar profissionais que se especializaram no assunto é recomendado para potenciar talentos e desenvolver habilidades tanto emocionais, intelectuais e as demais que permeiam estes indivíduos”.
DIAGNÓSTICO – Sobre a avaliação, a psicóloga explica que “o processo deve ser criterioso e, principalmente, de forma multidisciplinar. Envolve avaliação neuropsicológica, psicopedagógica, análise de relatórios e escalas, além de entrevistas com familiares e a escola”.
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O Plano Educacional Individualizado (PEI) é um dos principais recursos para o acompanhamento desses estudantes. “Ele é um documento vivo que pode ser atualizado de acordo com as necessidades do estudante. Vale ressaltar que a parceria da escola, da família e de profissionais que atendem o estudante é fundamental para o sucesso de toda a jornada escolar. Já os cuidados psicológicos auxiliam na promoção da saúde mental, na regulação emocional e no autoconhecimento”, conclui.
Da Redação
Toledo
