Corpo de Bombeiros cria grupo de trabalho para estudar novas tecnologias de resgate em altura

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O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) deu início a uma nova etapa do processo de modernização da corporação com a formação de um grupo de trabalho destinado a estudar e avaliar quais equipamentos oferecem a melhor solução operacional para o resgate em altura e o combate a incêndios em edifícios elevados: as Autoescadas Mecânicas (AEM) ou as Autoplataformas Mecânicas (APM).

A iniciativa dá continuidade a um esforço permanente do Estado em investir em tecnologia, segurança e eficiência operacional no atendimento à população paranaense.

A definição entre AEM e APM envolve características técnicas distintas. As autoescadas mecânicas — conhecidas internacionalmente pela marca Magirus — oferecem acesso rápido e direto por meio de uma escada automatizada, sendo amplamente utilizadas em resgates de vítimas em andares altos e em operações de combate ao fogo. Já as autoplataformas possuem braços articulados ou telescópicos com cesto, permitindo que bombeiros e vítimas operem em segurança por mais tempo nas alturas, além de oferecer maior alcance lateral e versatilidade em cenários complexos.

A criação do grupo de trabalho ocorre após duas etapas fundamentais: uma visita técnica internacional e o compartilhamento de estudos do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) sobre o assunto.

Recentemente, uma comitiva do CBMPR, liderada pelo comandante-geral coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, esteve na Europa para conhecer fábricas especializadas na produção de equipamentos e viaturas de emergência. A agenda incluiu visitas à Magirus e à Bauer Kompressoren, na Alemanha, e à Weber Hydraulik, na Áustria, além de uma imersão operacional no Corpo de Bombeiros de Ulm.

Durante a missão, os representantes paranaenses acompanharam processos de fabricação, certificação e manutenção, além de identificar boas práticas internacionais. “A viagem nos proporcionou conhecimento sobre a excelência dos veículos e equipamentos apresentados, permitindo observar o empenho na busca pela qualidade dos materiais utilizados no atendimento às ocorrências. Além disso, adquirimos ideias que podem ser implementadas para aprimorar ainda mais as condições de trabalho do nosso efetivo”, avaliou Hiller.

Paralelamente, oficiais do CBMSC estiveram em Curitiba para apresentar um estudo desenvolvido em Santa Catarina sobre o uso de escadas e plataformas mecânicas adequadas à realidade daquele estado.

Segundo o comandante-geral, o material catarinense e as observações feitas na Alemanha servirão de base para o novo grupo de trabalho, que analisará exclusivamente a realidade paranaense. “Aqui no Paraná, por determinação do governador, estamos estudando qual é a melhor solução, a mais adaptável às nossas demandas e às características das cidades. Agora, vamos formar um grupo de trabalho que, com esse conjunto de informações, poderá definir a alternativa mais adequada para trazer os melhores resultados para a população”, afirmou o coronel.

O grupo deverá considerar fatores como perfil das edificações no Estado, tipos de ocorrência mais frequentes, alcance necessário para operações de resgate, características geográficas e logísticas, além de critérios de durabilidade, manutenção e custo-benefício.

INOVAÇÃO E SEGURANÇA – A modernização da frota e dos equipamentos faz parte do planejamento estratégico do Governo do Paraná para fortalecer ainda mais a capacidade de resposta do CBMPR. A escolha entre AEM ou APM será um passo decisivo para garantir operações mais seguras e eficientes, especialmente em áreas urbanas verticalizadas e situações críticas de resgate.

A partir das análises técnicas do grupo de trabalho, o Estado terá subsídios sólidos para realizar a aquisição dos equipamentos mais adequados, reforçando o compromisso de entregar à população um atendimento cada vez mais qualificado, moderno e alinhado às melhores práticas internacionais.

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