Caged: Toledo abre 211 novos postos de trabalho em julho

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O segundo semestre começou com um cenário animador para o mercado de trabalho. Os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência na última quarta-feira (27), apontam que Toledo encerrou o mês de julho com a criação de 211 postos de trabalho com carteira assinada.

Esse dado é resultado da contratação de 3.163 trabalhadores e o desligamento de 2.952. O número de vínculos formais chegou a 65.614, um crescimento de 0,32% em relação ao mês de junho de 2024.

O dado aponta para um saldo positivo na geração de empregos formais, refletindo o dinamismo de diferentes setores da economia e a confiança de empresários e trabalhadores. Três setores se destacaram no mês com a abertura de novo postos de trabalho.

O setor de Serviços, líder na geração de empregos, admitiu no mês 1.251 trabalhadores e demitiu 1.060, encerrando o período com um saldo de 191 novos trabalhadores. Em seguida, o setor da Indústria registrou um saldo de 72 novos postos criados, um resultado da contratação de 931 pessoas e o desligamento de 859.

E por sua vez, o setor do Comércio também teve saldo positivo no primeiro mês do segundo semestre. Foram 643 contratações e 627 desligamentos, um saldo de 16 novas vagas. O economista e professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, Jandir Ferrera de Lima comenta que o setor de Serviços e Comércio vem respondendo a uma série de incentivos dados pelo Governo Federal, em especial no ramo automotivo.

“Além disso, apesar do tarifaço, as atividades agropecuárias não pararam e elas demandam serviços técnicos e de manutenção mês a mês. Já na área de serviços de entretenimento e comércio, Toledo tem atraído consumidores regionais frente a presença dos atacados e grandes redes nacionais, que se instalaram ou se expandiram no município nos últimos meses”.

Lima complementa que com o custo da cesta básica caiu e os trabalhadores conseguiram mais vantagens frente a carência de mão de obra, há uma maior renda disponível para ser gasta em bens e serviços. “Isso somado as demandas regionais tem ajudado a manter aquecida a economia local”, enfatiza.

DESAFIO – Em contrapartida, dois setores tiveram saldo negativo: a Construção que admitiu 239 e desligou 277, fechado o mês com saldo de -38 e a Agropecuária com 99 contratados e 129 desligado, um saldo de -30. Jandir Ferrera de Lima explica que o saldo negativo na Construção reflete uma acomodação do setor frente a demanda. “As taxas de juros elevadas e o valor dos imóveis tem complicado o setor, que depende de crédito e estabilidade macroeconômica para seus negócios. Já a Agropecuária reflete as transições de safras e a diminuição do ritmo de algumas atividades, como a do pescado, até a definição do cenário internacional”.

Em relação ao impacto do pacote de tarifas de importação que o governo americano impôs sobre produtos de determinados países, incluindo uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o economista e professor esclarece que no caso de Toledo, o tarifaço do governo Trump afetou mais o setor de pescados, que tem nos Estados Unidos um mercado significativo.

“Outra atividade bastante afetada foi o de calçados. Porém, no caso de Toledo a atividade calçadista é focada em calçados para atividades específicas, de trabalho. As outras atividades de proteína animal e vegetal ainda tem o mercado asiático como o mais importante”, pontua.

ESTADO – O Paraná chegou em julho à marca de 102,3 mil novos empregos com carteira assinada, segundo os dados do Caged. Esse número representa o saldo de vagas em todo o Estado, levando em consideração a quantidade de admissões, menos o montante de demissões, no período dos sete meses compreendido pelo relatório.

O desempenho paranaense é o melhor do Sul, representando quase 40% dos empregos da região, e o terceiro melhor do País em 2025, ficando atrás apenas de São Paulo (390,6 mil) e Minas Gerais (152 mil).

Considerando apenas os dados do mês de julho, o saldo do Paraná foi de 8.140 empregos formais, sendo o resultado de 172.912 contratações e 164.772 demissões. Como resultado, a quantidade de pessoas trabalhando com carteira assinada em território paranaense chegou a 3.321.347, um crescimento de 0,25% em relação a junho.

SETORES – O setor que mais contratou em julho foi o de Serviços, gerando espaço para mais 5.067 trabalhadores no estado. É também a área líder no acumulado do ano, tendo aberto 55.516 postos com carteira assinada. O segmento industrial é o vice-líder nesse quesito, tanto no mês quanto no ano, abrindo 2.239 novos postos em julho e somando 23.807 desde janeiro.

A lista segue com o setor de comércio, com 1.151 empregos formais em julho. Já a construção civil registrou saldo de 312 vagas a mais na avaliação mensal. A única redução no número de empregos formais, em julho, ocorreu na agropecuária, com 629.

Com informações da AEN*

*Da Redação

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