Calor: é preciso cuidar com objetos deixados nos veículos

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Devido a intensidade do calor – com as elevadas temperaturas – é preciso ter ainda mais cuidado com a saúde, com os animais e com a vegetação. Essa atenção também inclui os automóveis, pois eles podem ser um local para ocorrência de incêndios.

Deixar objetos, líquidos inflamáveis dentro do veículo podem desencadear situações de perigo para a saúde. A temperatura elevada pode alterar a composição de materiais como álcool, remédios, aerossóis fazendo com que as substâncias líquidas se transforem em combustível para o fogo.

“Deixar um frasco de álcool dentro de um veículo pode apresentar alguns riscos, e é importante considerar vários fatores ao tomar essa decisão”, alerta o 1º tenente do Corpo de Bombeiros de Toledo, Eduardo Ortiz Novinski. “Uma delas é a inflamabilidade: o álcool é inflamável. Deixar um frasco de álcool em um veículo exposto ao calor excessivo pode aumentar o risco de incêndio, especialmente em climas quentes, não devido ao risco de combustão espontânea, mas devido a outro fatores”.

Novinski destaca também que a expansão térmica em dias quentes, os líquidos dentro do veículo podem se expandir. Se o frasco estiver cheio, há o risco de vazamento de líquido inflamável. Além disso, ele também pontua a segurança pessoal, pois em caso de acidente ou colisão, um frasco de álcool solto no interior do veículo pode representar um risco adicional para os ocupantes, já que objetos soltos podem ser projetados.

ÁLCOOL DENTRO DO CARRO PODE CAUSAR INCÊNDIO? – “O álcool 70% é um produto inflamável, por isso deve ser manuseado e armazenado com cuidado. A partir dos 16,6ºC, temperatura do chamado ‘ponto de fulgor’, o álcool começa a liberar vapores que, ao entrarem em contato com fontes de ignição, como chamas ou faíscas, podem entrar em combustão. Para que o álcool entre em combustão espontânea, sem a presença de uma fonte de ignição, seria preciso atingir a temperatura de 363°C. Em um veículo fechado ao sol, é impossível de se atingir esta temperatura”, explica o 1º tenente.

O álcool, segundo Novinski, pode gerar vapores inflamáveis (de forma diretamente proporcional quanto maior for a temperatura), mas seria necessária uma fonte de ignição externa (faísca, chama, etc.) para iniciar a combustão. O álcool em gel, por sua vez, não se espalha tão facilmente quanto o líquido e isso contribui para a redução dos riscos em caso de incêndio.

Da Redação

TOLEDO

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