Prevenção a incêndios é discutida em reunião na Câmara de Vereadores

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O tema prevenção a incêndios e calamidades foi abordado na 12ª Reunião Ordinária da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS), realizada na última quarta-feira (9) na Câmara de Vereadores. A Comissão tem como presidente o vereador Bruno Radunz que conduziu a conversa, o vice-presidente vereador Chumbinho Silva, o secretário vereador Jairo Cerbarro e demais membros os parlamentares Olinda Fiorentin e Ricardo Santos.
Na oportunidade, o comandante do Corpo de Bombeiros de Toledo, capitão Guilherme Rodrigues de Lima, convidado especial, explanou sobre o assunto. A pauta, segundo o vereador Bruno Radunz, surgiu da preocupação com a verticalização em Toledo e os cuidados com a segurança dos edifícios, o aumento da frota de veículos elétricos, os trabalhos na Corporação e como a Comissão pode auxiliar o Corpo de Bombeiros.
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O capitão Rodrigues falou do avanço da norma de prevenção de incêndio de 2011 que traz mais efetividade da prevenção no estado do Paraná, em todo o Brasil e em boa parte do mundo. Ele destacou a questão da ocupação dos prédios públicos, pauta que ficou mais evidente após o sinistro na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no ano de 2013.
“Isso traz a cultura de prevenção, a partir de um sinistro grande chama a atenção da comunidade e provoca reflexões. Precisamos ter evolução normativa e evolução em tecnologia para ter um respaldo junto a sociedade para fazer o nosso serviço”.
NORMA – Ele citou que uma das grandes mudanças que a norma trouxe é sobre a ocupação. “É preciso entender que as edificações são ferramentas para um fim, elas têm a aprovação para determinada utilidade. Quando troca a utilidade do espaço, tem que fazer uma alteração, uma nova aprovação porque isso pode mudar as medidas de segurança necessárias”.
O capitão enfatizou que é preciso focas nas medidas passivas, na segurança estrutural e no plano de abandono, protocolos importantes para o controle e combate a eventuais sinistros em edificações.
“Vale ressaltar que o plano de abandono é uma medida prevista no Código de Segurança do Corpo de Bombeiros, mas não exigências para todas as edificações. Ele está relacionado a altura, área e ocupação. As escolas possuem plano de abandono. Essa é uma medida que se fosse implementada em toda as edificações teria uma resposta e uma efetividade e também a cultura de prevenção”.
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PREOCUPAÇÃO – O capitão do Corpo de Bombeiros citou uma preocupação em relação aos veículos elétricos, em especial no abastecimento, a recarga do carro. “Hoje não temos um protocolo de combate a incêndio de carro elétrico. Está sendo um visto um protocolo a nível nacional. Quando sair todos terão que se adequar, mas não impede que o Executivo e o Legislativo pense em soluções. O Poder Executivo e Legislativo precisam tomar providência porque é um risco que vem se instalando e ainda não temos controle”.
O mesmo alerta vale para as placas solares. Capitão Rodrigues lembrou que o protocolo de combate a incêndio é cortar a energia do local, mas as placas são de corrente continua e não é possível cortar energia. “O protocolo básico é ineficiente para as placas solares. Precisamos solucionar esse problema antes que se alastre. Por isso hoje temos um risco”.
O vereador Jairo Cerbarro enfatizou a necessidade de trabalhar a manutenção preventiva nas placas solares, a fiscalização dos prédios em relação a ocupação e os protocolos de combate a incêndios em veículos elétricos. “São medidas que precisam ser estudadas para que sinistros não aconteçam”.
REFLEXÕES – Durante a conversa na Comissão, o comandante do Corpo de Bombeiros de Toledo, capitão Guilherme Rodrigues de Lima, falou sobre propostas e reflexões para fomentar a discussão do tema sobre prevenção a incêndios.
Uma delas é trabalhar na atualização do Código de Obras do Município no sentido de exigir mais medidas de segurança, que são as medidas complementares para proteger o patrimônio; incentivos para condomínios adotarem medidas complementares; selo municipal de excelência, um incentivo a contadores, corretores e imobiliárias homologadas para ter treinamento de medidas de segurança e boas práticas. “São ideias para alertar para alguns problemas que teremos e para refletir em soluções que podemos apresentar antes dos problemas se instalarem”.
ESTRUTURA – Durante a explanação do assunto, o vereador Chumbinho Silva perguntou se a Corporação do Corpo de Bombeiros de Toledo, junto com a Defesa Civil está preparada para combater intempéries de grande magnitude. Capitão Rodrigues explicou que atualmente, o Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná trabalha com cerca de 60% do seu efetivo e a Corporação em Toledo atua com 50% do seu efetivo.
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“Temos uma previsão legal de 102 militares e temos 53 atuando hoje. Isso gera impactos. Já tivemos reuniões com o Executivo municipal e é uma situação alarmante. Nós temos a previsão de 600 militares para o estado para o próximo ano. Fizemos a reunião para mostrar que estamos perto de uma situação crítica de não conseguir atender o serviço. Porque a defasagem do efetivo é muito grande”.
O capitão Rodrigues citou que a Corporação trabalha para implantar um batalhão de Corpo de Bombeiros em Toledo. Com a implantação, o batalhão passaria de 102 para 189 militares. Apesar de não refletir em números reais, seria um incremento de militares atuando na cidade. “Já estudamos alguns anos a implementação. Estamos estudando áreas para fazer e planejando dessa elevação do Corpo de Bombeiros para termos um incremento de militares. Hoje somos Companhia e passaremos a Batalhão. É a meta que temos”, conclui.
Da Redação
TOLEDO