Núcleo de Desenvolvimento Regional da Unioeste divulga pesquisa da Cesta Básica

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As compras no supermercado no mês de abril ficaram mais caras. A alta de itens como o tomate, a batata, o café e a carne desafiaram o consumidor que precisou pesquisar para conseguir valores mais modestos. Dados da Pesquisa da Cesta Básica de Toledo, referente ao mês de abril, aponta que entre março e abril, houve aumento de 5,44% no custo da cesta. Esse é o terceiro mês consecutivo de aumento, segundo a Pesquisa que também mostra o índice acumulado de variação nos últimos 12 meses que é de 14,37%. Dentro do ano vigente, o acumulado de janeiro a abril de 2025 é de 11,37%.

A Pesquisa é realizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), da Universidade do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. O levantamento é coordenado pela professora e doutora Crislaine Colla. Ele aponta a variação percentual do custo da cesta básica individual que passou de R$ 661,65 para R$ 697,67 de março para abril de 2025. Nos últimos 12 meses, foram seis meses com aumentos e seis meses com reduções no custo.

Em maio de 2024 a cesta básica custava R$ 610,02, com um aumento em junho (R$ 652,68). Os meses de julho e agosto de 2024 se caracterizam pela redução do custo (R$ 614,83 e R$ 588,94) o qual voltou a aumentar em setembro e outubro (R$ 615,22 e R$ 643,21). Em novembro e dezembro de 2024 (R$ 642,64 e R$ 635,92) e em janeiro de 2025 o custo da cesta básica diminuiu (R$ 626,46) com novos aumentos em fevereiro, março e abril de 2025 (R$ 657,44, R$ 661,65 e R$ 697,67).

A cesta básica familiar é calculada considerando os custos alimentares de uma família de três pessoas – que seria uma família média, composta por quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, sendo que as duas crianças correspondem a um adulto), conforme a metodologia adotada. Assim como na cesta básica individual, também houve aumento de 5,44% no custo da cesta básica familiar, passando de R$ 1.984,94 em março de 2025 para R$ 2.093,02 em abril de 2025.

PRODUTOS – A Pesquisa da Cesta Básica de Toledo avalia os preços de 13 itens. O levantamento aponta que em abril de 2025, nove itens apresentaram aumento do preço médio, que foram: o tomate (35,30%); a batata (14,26%); o café (6,75%); a carne (4,07%); a margarina (2,86%); o açúcar (2,54%); a banana (1,59%); a farinha de trigo (1,32%); e o leite (0,43%). Por outro lado, quatro produtos apresentaram redução no preço médio no período: o arroz (-7,05%); o pão francês (-5,07%); o feijão (-4,21%); e o óleo de soja (-1,43%).

A Pesquisa da Cesta Básica aponta que o tomate foi o produto que apresentou o maior aumento no período analisado, de 35,30% e ocorreu devido às chuvas, que atrapalharam a colheita, e ao clima mais ameno nas regiões produtoras, o que desacelerou o ritmo de maturação do fruto. A batata apresentou o segundo maior aumento, de 14,26%, pois houve redução na oferta, dada a desaceleração da colheita da safra das águas. Além disso, a produtividade e disponibilidade de tubérculos de boa qualidade também estiveram menores, reflexo das temperaturas muito elevadas. Por sua vez, o arroz apresentou a maior redução no preço ao consumidor (-7,05%), dada a maior oferta, o ritmo mais acelerado da colheita, o recuo nas cotações internacionais e os níveis de preços das importações reforçaram as quedas nos valores domésticos, segundo o Dieese.

“Diante da variação total da cesta básica individual para o mês de abril de 2025, que foi de 5,44%, o aumento no preço do tomate e da carne representaram o maior impacto para o aumento do índice. A carne aumentou 4,07% em seu preço, mas ela representa aproximadamente 40% do valor total gasto com a cesta básica, tendo um efeito mais expressivo quando se observa uma variação no seu preço”.

Nos últimos 12 meses os produtos que apresentaram aumento de preços foram: o café (107,82%); o óleo de soja (34,57%); a banana (33,16%); a carne (29,51%); o tomate (14,23%); a farinha de trigo (9,81%); o açúcar (5,59%); o pão francês (4,65%); a margarina (4,59%); e o leite (4,32%). Já os três produtos que apresentaram variação acumulada negativa no período foram: a batata (-47,86%), o feijão (-19,25%); e o arroz (-11,75).

Quanto à variação acumulada no ano corrente (janeiro a abril de 2025), observa-se que nove produtos apresentaram aumento: o tomate (73,62%); a batata (34,81%); o café (29,40%); a farinha de trigo (10,22%); a banana (7,98%); a margarina (7,61%); a carne (7,56%); o leite (5,65%); e o açúcar (1,12%). Por outro lado, apresentaram redução no preço, no período de janeiro a abril: o feijão, -16,77%, o arroz que diminuiu -11,38%, o óleo de soja que reduziu -10,98% e o pão francês que diminuiu -4,16%.

COMPARAÇÃO – A Pesquisa ainda faz uma comparação do custo da cesta básica individual de Toledo e alguns municípios e capitais brasileiras. No mês de abril de 2025, o custo da cesta básica de Toledo foi maior que o de Recife, Pato Branco, Dois Vizinhos e Francisco Beltrão. Os dados aponta também que o custo da cesta básica de Cascavel (R$ 698,90) foi 0,18% maior que o custo da cesta de Toledo (R$ 697,67).

Da Redação

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