Cesta básica volta a subir após cinco meses de queda

Por Jornal do Oeste Publicado em 21/11/2025 - 12:00 Atualizado em 21/11/2025 - 09:00

O tomate apresentou maior aumento no período (42,58%) Crédito: Franciele Mota

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O custo da cesta básica volta a subir e salgar o orçamento doméstico, após cinco meses consecutivos de redução. Em outubro houve aumento de 4,35% no custo, de acordo com a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo. Com isso, o custo da cesta básica individual passou de R$ 638,39 para R$ 666,02, de setembro para outubro de 2025.

O levantamento realizado pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), aponta também que houve aumento de novembro de 2024 a outubro de 2025 de 3,64%. O acumulado do ano corrente é de 6,31%. A Pesquisa é coordenada pela professora e doutora Crislaine Colla.

Segundo o levantamento, nos últimos 12 meses, foram quatro meses com aumentos e oito meses com reduções no custo. Em novembro de 2024 a cesta básica custava R$ 642,64 e se verifica reduções consecutivas em dezembro de 2024 (R$ 633,92) e em janeiro de 2025 (R$ 626,46).

Novos aumentos foram observados em fevereiro (R$ 657,44), março (R$ 661,65) e abril de 2025 (R$ 697,67). Os meses de maio a setembro de 2025 foram marcados por reduções consecutivas no custo da cesta básica de Toledo (R$ 680,13; R$ 668,27; R$ 663,73; R$ 652,45; R$ 638,26), voltando a apresentar aumento em outubro de 2025 (R$ 666,02).

Em relação a cesta básica familiar, esta passou de R$ 1.915,16 em setembro de 2025 para R$1.998,03 em outubro de 2025. Conforme a metodologia adotada para a pesquisa, a cesta básica familiar é calculada considerando os custos alimentares de uma família de três pessoas – que seria uma família média, composta por quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças (sendo que as duas crianças correspondem a um adulto).

ALIMENTOS – A Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo coleta o preço de 13 produtos: carne (patinho, coxão mole e coxão duro), leite integral, arroz parboilizado, feijão preto, farinha de trigo, batata monalisa, tomate longa vida, pão francês, café em pó, banana caturra, açúcar cristal, óleo de soja e margarina.

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O levantamento é realizado em estabelecimentos selecionados de Toledo distribuídos em todas as regiões da cidade. A pesquisa coleta os preços de três marcas de cada produto, calculando-se o preço médio do produto para cada estabelecimento e, posteriormente, o preço médio do produto entre todos os estabelecimentos.

Segundo o levantamento do mês, sete produtos apresentaram aumento do preço médio: tomate (42,58%); batata (27,25%); banana (13%); óleo de soja (3,15%); arroz (2,13%); margarina (0,57%); e pão francês (0,19%). Os produtos que apresentaram redução no preço médio no período pesquisa foram: feijão (-5,96%); o leite (-3,89%); o açúcar (-3,87%); a farinha de trigo (-2,80%); a carne (-1,25%); e o café (-0,48%).

O tomate foi o item com maior aumento do custo no período por conta da redução da colheita e o final da safra de inverno, mesmo cenário para a batata que apresentou o segundo maior aumento. Já o feijão teve a maior redução no preço por conta da oferta de lotes de maior umidade. “Diante da variação total da cesta básica individual para o mês de outubro de 2025, que foi de 4,35%, o aumento do preço do tomate e da batata representam o maior impacto para o aumento do índice, que só não foi maior em função da redução do preço da carne”.

VARIAÇÕES – A Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo também apresenta a variação dos alimentos no acumulado do ano e dos últimos 12 meses. O café é o item com maior aumento nos últimos 12 meses (55,40%) seguido pelo tomate (53,45%). O feijão (-44,95%), a batata (-36,31%) e o arroz (-35,31) apresentam as maiores reduções no período.

Quanto à variação acumulada no ano corrente (janeiro a outubro de 2025), o tomate aumentou 36,12%; o café 25,77%; a banana (19,26%); o feijão apresentou a redução de maior impacto (-37,73). De acordo com levantamento, o pão francês não apresentou variação de janeiro a outubro de 2025.

O levantamento também aponta comparações entre Toledo e alguns municípios como Cascavel, Pato Branco, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, São Paulo, Recife, Campo Grande e Belém.

Em outubro de 2025, o custo da cesta básica de Toledo foi maior que o de Recife, Belém, Pato Branco, Francisco Beltrão e Dois Vizinhos. Já o custo da cesta básica de Cascavel (R$ 678,69) foi 1,90% maior que o custo da cesta de Toledo (R$ 666,02). “Observa-se que a maior parte das localidades apresentou aumento no custo da cesta básica e que Toledo seguiu essa tendência de aumento”.

Na comparação geral, Cascavel foi a cidade com a maior aumento no custo da cesta básica, que foi de 5,03%, seguida por Francisco Beltrão (4,46%), Toledo (4,35%), Dois Vizinhos (2,85%), Pato Branco (2,78%), Florianópolis (1,66%), Porto Alegre (1,49%), Curitiba (0,82%) e São Paulo (0,58%). Recife foi o município que apresentou a maior redução (-1,29%), seguida por Belém (-1,27%); e Campo Grande (-0,43%).

Da Redação

TOLEDO