Cesta básica fica mais barata em Toledo em novembro, aponta pesquisa
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A cesta básica de alimentos apresentou queda de 5,52% em novembro de 2025 no município de Toledo, segundo pesquisa realizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo. O levantamento é coordenado pela professora doutora Crislaine Colla e integra um convênio entre a universidade e a Prefeitura de Toledo.
Crislaine explica que de acordo com o estudo, o custo da cesta básica voltou a cair após um mês de aumento. Em valores, o preço passou de R$ 666,02 em outubro para R$ 629,23 em novembro, confirmando a tendência de redução observada ao longo de grande parte do ano.
“No acumulado dos últimos 12 meses, entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, a cesta básica registra queda de 1,05%, enquanto o acumulado de 2025 apresenta leve alta de 0,44%”, informa a professora.
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IMPACTOS – Com a redução do custo, o impacto da cesta básica sobre o orçamento do trabalhador também diminuiu. Em novembro, foi necessário 44,81% do salário-mínimo líquido para a compra da cesta básica individual, percentual inferior aos 47,43% registrados em outubro. “Na prática, isso significa que, embora ainda pese no orçamento, o trabalhador precisou de uma parcela menor do salário para adquirir os alimentos básicos”.
Outro indicador que reforça essa melhora é o tempo de trabalho necessário para comprar a cesta básica, que caiu de 96 horas e 31 minutos em outubro para 91 horas e 12 minutos em novembro. Isso corresponde a 41,45% da jornada mensal de trabalho de quem recebe salário-mínimo.
Crislaine explica que apesar da queda, a situação das famílias continua desafiadora. A cesta básica familiar – calculada para uma família média de quatro pessoas, equivalente ao consumo de três adultos – também apresentou redução de 5,52%, passando de R$ 1.998,05 em outubro para R$ 1.887,69 em novembro. Ainda assim, o valor permanece 34,44% acima do salário-mínimo líquido, o que inviabiliza sua aquisição integral por um trabalhador que depende exclusivamente dessa renda.
ACOMPANHAMENTO – A professora destaca que a pesquisa da cesta básica de Toledo já acumula 56 meses de acompanhamento, consolidando-se como uma importante ferramenta para análise do custo de vida e do poder de compra da população.
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Segundo os pesquisadores, o município tem seguido, de modo geral, as tendências nacionais de oscilações nos preços dos alimentos. “Nos últimos 12 meses, observou-se volatilidade nos preços, com destaque para a redução sistemática do arroz e do feijão, itens centrais da alimentação dos brasileiros. Por outro lado, produtos que pressionam o custo da cesta continuam sujeitos a fatores sazonais e climáticos, além de influências macroeconômicas, como câmbio, juros e conjuntura internacional”, relata Crislaine.
A pesquisa ressalta que acompanhar essas variações é fundamental, porque o aumento da inflação no grupo de alimentos afeta de forma mais intensa a população de menor renda, que destina grande parte do orçamento mensal à alimentação e é mais sensível às oscilações de preços.
Da Redação
TOLEDO
Custos apresentaram oscilações entre os anos de 2024 e 2025
A evolução do custo da cesta básica em Toledo nos últimos 12 meses tem sido marcada por forte volatilidade, com sucessivas altas e quedas ao longo de 2024 e 2025. A pesquisa do Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus Toledo, coordenada pela professora doutora Crislaine Colla, aponta que o comportamento dos preços reflete um cenário de instabilidade, influenciado por fatores sazonais, climáticos e econômicos.
De acordo com a coordenadora do estudo, em dezembro de 2024 a cesta básica custava R$ 635,92 e registrou redução em janeiro de 2025. “Na sequência, novos aumentos foram observados entre fevereiro e abril de 2025, interrompendo o movimento de queda. Já entre maio e setembro de 2025, o município passou por um período de reduções consecutivas no custo da cesta básica, aliviando parcialmente o orçamento das famílias”.
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Ela pontua que o movimento de queda, no entanto, foi interrompido em outubro de 2025, quando houve novo aumento. “Em novembro de 2025, o custo da cesta básica voltou a recuar, confirmando o comportamento oscilante dos preços ao longo do período analisado”.
Crislaine também destaca a evolução de longo prazo. “Quando o levantamento teve início em Toledo, em abril de 2021, a cesta básica custava R$ 488,61. Já em novembro de 2025, o valor chegou a R$ 629,23, o que representa um aumento acumulado de 28,78% em 56 meses de acompanhamento”.
A professora enfatiza que o histórico da pesquisa demonstra a importância do monitoramento contínuo dos preços dos alimentos, “especialmente diante dos impactos que essas oscilações exercem sobre o poder de compra da população, em especial das famílias de menor renda, que destinam parcela significativa do orçamento mensal à alimentação”.
Da Redação
TOLEDO