Cesta básica tem redução de preços em agosto

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O custo do conjunto dos alimentos básicos, a chamada cesta básica, diminuiu -1,70% entre julho e agosto, de acordo com dados da Pesquisa da Cesta Básica de Toledo. Esse é o quarto mês consecutivo com redução no custo. As quedas mais importantes em relação a julho foram impulsionadas pela batata (-22,01%) e o tomate (-10,55%).

A Pesquisa da Cesta Básica de Toledo é realizada pelo Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR), da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Toledo e coordenada pela professora e doutora Crislaine Colla. O levantamento também faz parte de um convênio entre a Unioeste – campus de Toledo e a Prefeitura Municipal de Toledo.

A pesquisa monitora o valor de 13 alimentos: carne (patinho, coxão mole e coxão duro), leite integral, arroz parboilizado, feijão preto, farinha de trigo, batata monalisa, tomate longa vida, pão francês, café em pó, banana caturra, açúcar cristal, óleo de soja e margarina.

Além da variação mensal, a Pesquisa apresenta também o índice acumulado dos últimos 12 meses, que foi de 6,05% entre setembro de 2024 a agosto de 2025 e o índice acumulado no ano corrente (2025), que é de 4,15%. Nos últimos 12 meses, foram seis meses com aumentos e seis meses com reduções no custo. Como reflexo da redução do índice de variação percentual do custo da cesta básica individual, esta passou de R$ 663,73 para R$ 652,45, de julho para agosto de 2025. Em relação a cesta básica familiar, com a redução de -1,70%, esta passou de R$ 1.991,18 em julho de 2025 para R$ 1.957,36 em agosto de 2025.

Conforme a metodologia adotada para a Pesquisa, a cesta básica familiar é calculada considerando os custos alimentares de uma família de três pessoas, que seria uma família média, composta por quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças, sendo que as duas crianças correspondem a um adulto.

ALIMENTOS – Dos 13 itens da cesta básica, seis apresentaram aumento do preço médio, que foram: a banana (3,54%); a margarina (3,29%); o café (1,51%); o óleo de soja (0,93%); o pão francês (0,92%); e a carne (0,59%). Os alimentos que apresentaram redução no preço médio no período foram: a batata (-22,01%); o tomate (-10,55%); o feijão (-7,93%); o arroz (-5,61%); a farinha de trigo (-2,62%); o leite (-2,59%); e o açúcar (-0,56%).

De acordo com o levantamento, a banana foi o produto que apresentou o maior aumento no período analisado impulsionado pela redução da oferta e problemas com a qualidade. Já a batata apresentou a maior redução no preço ao consumidor em razão do aumento da oferta. O mesmo ocorreu com o tomate.

“Diante da variação total da cesta básica individual para o mês de agosto de 2025, que foi de -1,70%, a redução do preço do tomate e da batata representaram o maior impacto para a redução do índice, que só não foi maior em função do aumento do preço da banana”.

Em relação aos últimos 12 meses, os produtos que apresentaram aumento foram: o café (71,03%); o tomate (37,68%); o óleo de soja (21,93%); a margarina (15,87%); a carne (15,49%); o pão francês (11,32%); e o açúcar (3,06%). Seis produtos apresentaram variação acumulada negativa no período: a batata (-40,47%); o feijão (-40,25%); o arroz (-33,87%); e a banana (-13,23%), a farinha de trigo (-11,68%); e o leite (-2,97%).

COMPARAÇÕES – Quanto à relação entre o custo da cesta básica individual de alguns municípios e capitais brasileiras, a Pesquisa apresenta comparações entre Toledo e os municípios de Cascavel, Pato Branco, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e a capital Curitiba. Também apresenta comparações com outras capitais como Florianópolis, Porto Alegre, São Paulo, Recife, Campo Grande e Belém.

No mês de agosto de 2025, a Pesquisa aponta que o custo da cesta básica de Toledo foi maior que o de Recife, Pato Branco e Dois Vizinhos e, portanto, mais barata que as cestas das demais localidades listadas. Observou-se que o custo da cesta básica de Cascavel (R$ 680,05) foi 4,23% maior que o custo da cesta de Toledo (R$ 652,45). Das cidades apontadas na Pesquisa, somente em Cascavel houve aumento no custo da cesta básica. Isso indica que a maior parte do país seguiu uma tendência de redução, a qual Toledo acompanhou.

A Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos de Toledo ocorre há 53 meses, e é considerada um marco importante de consolidação como uma ferramenta para que a sociedade possa acompanhar, de modo mais objetivo, o comportamento dos preços analisados pela pesquisa, além de contribuir para a identificação das variações no poder de compra do consumidor. O levantamento aponta através dos dados que Toledo, de modo geral, segue as tendências nacionais de aumentos, reduções e variações oscilantes no custo da cesta básica.

“É importante destacar que se observou volatilidade no custo da cesta básica nos últimos 12 meses, resultando em um aumento acumulado de 6,05% e uma quarta redução consecutiva no custo da cesta básica. Destaca-se também a sistemática redução no preço do arroz e do feijão, que são produtos da base da alimentação dos brasileiros”.

Da Redação

TOLEDO

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