Ciclistas de Toledo participam da Ultramaratona Pata de Onça em Nova Andradina

O ciclismo é um esporte que alia a atividade física, com diversão e superação. Com o tempo e com a evolução, os atletas se desafiam em provas, consideradas difíceis, entre elas, a Ultramaratona Pata de Onça. Após dois anos fora do calendário esportivo em virtude da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a sétima edição acontece neste sábado (3) e neste domingo (4), em Nova Andradina (MS). A prova é uma das mais tradicionais do Centro-Oeste, reunindo ciclistas das mais diferentes regiões do Brasil, além de representantes do Paraguai e da Argentina. Um grupo de ciclistas de Toledo viajou na última sexta-feira (3) e está na cidade para buscar a superação e subir no pódio.

Entre os atletas, Marcelo Rocha, do grupo Pedal Bruto e Ademir Klein, da equipe TRA disputam na categoria Dupla Master. Eles treinaram e estão preparados para superar o terreno arenoso de Nova Andradina.

Marcelo participa pela segunda vez da prova. Já Ademir é presença carimbada em todas as edições. Porém, a adrenalina é igual em cada prova. Segundo Marcelo, não é possível criar muita expectativa. “Sempre vamos com o objetivo de terminar. O que vier após isso é lucro”. Ademir salienta que a prova nunca é a mesma. “O clima é diferente do nosso, normalmente mais quente. É época de ventos e isso judia demais o ciclista”.

SUPERAÇÃO – O terreno arenoso e a alta temperatura tornam a prova desafiadora, pois os ciclistas do Paraná não estão acostumados com essas condições. Marcelo e Ademir conhecem os desafios e buscarão superá-los.

Marcelo relata que a dupla teve alguns contratempos na etapa de preparação, mas garante que estão alinhados. “Eu peguei dengue no fim de junho e o Ademir precisou passar por um procedimento cirúrgico no começo de agosto. Porém, como a dupla está acostumada com pedal longo, conseguiu encaixar treinos juntos para manter o entrosamento”.

Ademir e Marcelo disputam na categoria Dupla Master – Foto: Divulgação

Ademir revela que a preparação – de maneira geral – é desgastante, porque é necessário treinar muitas horas nos meses que antecedem à prova. “Precisamos de volume de pedal e fazer algum com a mesma quilometragem para suportar a longa distância da prova”.

Ademir ainda enfatiza que, neste ano, o clima, em Toledo, dificultou um pouco, devido à chuva e o frio. Em Nova Andradina, a previsão para o dia da prova também é de clima ameno. “Penso que este ano não seja tão difícil a prova como em anos anteriores, em que a temperatura sempre esteve por volta de 40º”.

Também faz parte da preparação os cuidados com a alimentação e a hidratação. Ademir e Marcelo comentam que a hidratação deve ser intensificada, principalmente, na semana que antecede a prova. Além de ingerir carboidrato. “Uma prova como essa exige muito de alimentação. Geralmente, tentamos nos regrar mais na comida e na hidratação. Nesta prova, o ciclista pode perder de 2 a 3 kg, então você tem que ir sempre acima do peso”, destacam a dupla. Marcelo acrescenta que está bebendo algo em torno de cinco litros de líquido durante o dia (entre água, sucos de beterraba, laranja e isotônicos).

ESTRATÉGIAS – Para completar a prova, uma das estratégias de Ademir e de Marcelo é a união. “É conhecer o estilo do pedal do outro. Saber quando um pode andar na frente e quando o outro está cansado. Esse entrosamento precisa ser perfeito, porque se um da dupla ‘quebrar’, a prova termina”, menciona Marcelo.

Ademir explica que cada ciclista nunca andará 100% igual ao outro. “Ou seja, quem está melhor precisa respeitar o ritmo de quem está andando mais lento para que este não ‘quebre’ com o esforço excessivo para acompanhar o companheiro de dupla”.

Ele compara o pedal a um trabalho em equipe numa empresa. “O resultado precisa ser apresentado de forma conjunta, então não adianta um finalizar a parte dele sem que o outro conclua. Atentando, que, na prova de bike, quem está mais forte pode “puxar” o companheiro. Na linguagem dos ciclistas, é fazer vácuo para o que está atrás faça menos esforço. Também é permitido que um empurre o outro. Pode ser necessário, caso um esteja com força faltando ou dificuldade. Em suma, é preciso muito companheirismo entre os dois”.

De acordo com Marcelo, correr em dupla é um plus a mais. “Em uma prova longa é o que te dá o norte, porque muitas vezes você está sozinho no trecho. Na dupla não, você sempre tem alguém com quem falar ou para ditar o ritmo. Correr a Ultramaratona é sempre desafiadora”.

Ademir finaliza que a Ultramaratona Pata de Onça é uma prova já consolidada e de renome. “Uma prova para fazer amizades e como participei das edições anteriores e de muitas outras provas nos últimos anos, é o momento de rever amigos que foram feitos nos anos de prática do ciclismo”.

Da Redação

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