Coamo inaugura monumento e celebra 50 anos de agroindustrialização
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A Coamo Agroindustrial Cooperativa comemorou, na sexta-feira (28), o marco histórico com a inauguração do Monumento alusivo aos 50 anos da agroindustrialização. Fundada em 28 de novembro de 1970, na Associação dos Funcionários do Banco do Brasil, a Cooperativa nasceu com a assinatura de 79 agricultores, “que foram chegando e assinando, sem ordem estabelecida”, conforme lembra o idealizador e fundador, José Aroldo Gallassini. Hoje, apenas seis desses pioneiros permanecem ativos, mas todos deixaram um legado transmitido aos mais de 29 mil cooperados atuais.
Gallassini chegou a Campo Mourão em 1968. Nascido em Brusque (SC) e recém-formado em Engenharia Agronômica pela UFPR, buscava trabalhar com extensão rural. Aprovado em concurso da Acarpa, atual Emater, mudou-se para o município sem sequer conhecê-lo previamente. “Eu participei de uma reunião no Clube Mourãoense em 9 de dezembro de 69 e um dos assuntos era cooperativismo. Estamos aqui para comemorar 50 anos da agroindustrialização da Coamo e 55 anos da indústria. Se pensarmos que tudo começou com aquele pequeno moinho de trigo”.
O prédio que abrigou o primeiro moinho ainda existe, hoje convertido em apartamentos. A partir daquela estrutura modesta, a Cooperativa se expandiu incorporando unidades e superando dificuldades. “Eu digo que é dez cooperativas que entraram em dificuldade e nós incorporamos”.
Atualmente, a Coamo reúne 32.600 cooperantes e cerca de 11 mil funcionários. Para Gallassini, o sucesso da cooperativa se apoia em pilares, como o quadro social. “Essa fidelidade é algo que temos que levar em consideração. O cooperado é um cliente diferente. Ele é cliente e patrão”. Outro pilar é a seriedade e disciplina dos colaboradores. “Não admitimos nada de errado. Não precisa ficar dizendo que tem que ser honesto; isso é norma nossa”.
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Gallassini também destacou a longevidade da liderança na cooperativa. Entre as iniciativas futuras, ele citou a indústria de etanol, prevista para operar no final de 2026. “Vai funcionar no fim de 2026 e acho que vai ter muito sucesso. Estamos até deixando espaço para ampliação, para dobrar”. Também mencionou os investimentos em Paranaguá voltados à produção de biodiesel e óleo bruto de soja.
EVOLUCAÇÃO – O fundador relembrou o cenário rural da época em que iniciou seu trabalho como extensionista: terras baratas e com baixa produtividade. A partir da atuação técnica e do financiamento de maquinário via BRDE e Banco do Brasil, houve rápida evolução. “Hoje podemos dizer que temos terras iguais às melhores do mundo. Temos o privilégio de produzir duas ou três culturas por ano”.
Ele destacou a expansão das lavouras de trigo e soja como pilares iniciais da cooperativa. Apesar das comemorações, Gallassini avaliou que 2025 não é um ano favorável para o agronegócio. “Tivemos cinco anos de grandes safras e preços. Agora são três anos de quebra de safra, quebra de produtividade e quebra de preço”.
Na ocasião, Gallassini criticou a falta de medidas governamentais de apoio ao setor. “Quando o governo fala em políticas públicas, parece que é só para a agricultura familiar, parece que é só o pequeno. Mas nós também somos agricultura familiar. Todos nós produzimos alimento para o mundo inteiro”.
A Coamo chega aos 55 anos consolidada como a maior cooperativa agroindustrial da América Latina, segundo seu fundador, e com forte capitalização. “Não temos problemas econômicos. Só sofremos quando o Governo tomava medidas como congelar poupança e aplicações financeiras. Superamos tudo isso e hoje estamos aqui”.
A celebração reforça o espírito cooperativista que iniciou com 79 agricultores e hoje se estende a dezenas de milhares de cooperados que seguem carregando o mesmo propósito de união e trabalho coletivo.
Da Redação
TOLEDO
Coamo antecipa distribuição de sobras e garante “13º do salário” aos cooperados
A Coamo Agroindustrial Cooperativa anunciou que, neste ano, a tradicional distribuição de sobras aos cooperados – conhecida como o “13º salário” do cooperado” – será realizada de forma antecipada. Desta maneira, reforça o orçamento dos associados já no começo de dezembro. A informação foi divulgada pelo presidente do Conselho de Administração da Coamo, engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini durante a comemoração dos 50 anos da agroindústria.
Segundo Gallassini, a antecipação segue uma prática consolidada na cooperativa. “Nós vamos fazer este ano uma sobra antecipada. A distribuição de sobra antecipada é o que nós chamamos de ‘Natal do cooperado’, o 13º do agricultor. Para ele ter, em dezembro, um recurso para fazer o Natal, fazer uma viagem, tirar férias. O dinheiro é dele, para ele fazer o que bem entender”.
A antecipação envolverá tanto a Credicoamo quanto a Coamo. No dia 8 de dezembro, a Credicoamo distribuirá R$ 63 milhões, proporcionais ao volume financeiro movimentado por cada cooperado ao longo do ano.
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Gallassini destaca que a cooperativa de crédito é um diferencial importante. “A Credicoamo paga juros do capital, é uma boa aplicação financeira. Ele recebe 12% ao ano, às vezes até um pouco mais que a poupança”.
Dois dias depois, em 10 de dezembro, será a vez da Coamo repassar sua parte da sobra. A distribuição seguirá critérios proporcionais à produção e ao consumo de insumos pelos cooperados:
– R$ 0,70 por saca de soja entregue;
– R$ 0,20 por saca de milho;
– R$ 0,20 por saca de trigo;
– 1,5% sobre o valor total de insumos adquiridos pelo cooperado.
A soma desses repasses representa uma distribuição estimada de R$ 200 milhões, depositados diretamente na conta dos cooperados. O restante das sobras será liquidado posteriormente. Gallassini enfatizou o impacto positivo desse recurso no comércio das regiões onde a cooperativa atua. Isso movimenta realmente o mercado”.
ORGANIZAÇÃO – Durante o anúncio, o presidente reforçou o compromisso histórico da Coamo com a capitalização e a segurança financeira. “Sempre lutamos muito para capitalizar bem a cooperativa. Hoje, a Coamo é muito bem capitalizada, tem investimento financiado baixo e presta um grande serviço ao quadro social”.
Ele também ressaltou o papel estratégico da Credicoamo, considerada por ele um diferencial raro no cooperativismo brasileiro. “Eu digo que é um luxo uma cooperativa de produção ter um banco que é a cooperativa de crédito. A Credicoamo financia tudo que o cooperado precisa para plantar e também para comprar máquinas e fazer investimentos. Além disso, oferece aplicações financeiras e distribui sobras”.
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De acordo com Gallassini, essa estrutura integrada garante que o cooperado esteja bem assistido em todas as etapas da produção. “Eu acho que é uma boa notícia, e a gente tem que dar. Muito obrigado a vocês. Um feliz Natal e um próspero ano novo”.
Da Redação
TOLEDO
Coamo aposta na sucessão e prepara novas lideranças para o futuro do cooperativismo
A Coamo Agroindustrial Cooperativa reforça seu compromisso com o futuro ao investir na formação de novas lideranças e na sucessão tanto dentro da instituição quanto nas propriedades rurais.
Para o presidente do Conselho de Administração, engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, preparar as próximas gerações é essencial para garantir a continuidade e o fortalecimento do cooperativismo.
O presidente do Conselho de Administração da Coamo destacou que a inteligência humana foi fundamental para que a cooperativa alcançasse seus 50 anos de agroindustrialização e 55 anos de formação. “A Coamo tem investido fortemente no planejamento de sucessão, tanto nas propriedades rurais quanto dentro da própria organização”.
LÍDERES – Gallassini explicou que a cooperativa mantém há 30 anos o programa Jovens Líderes Cooperativistas, que forma anualmente cerca de 40 participantes entre 18 e 35 anos. “Nós já estamos assim com a maioria dos conselheiros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal desses jovens líderes”, afirmou.
Ele recordou que muitos dos jovens que ingressaram no programa há três décadas com 18 anos hoje já têm cerca de 50 anos e ocupam posições-chave; resultado de um processo contínuo de preparo e renovação.
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Para ele, essa formação garante a sucessão natural dentro da cooperativa. Gallassini explicou ainda que a governança da Coamo passou por mudanças estruturais justamente para garantir a continuidade administrativa. “Foi criado um Conselho de Administração formado por cooperados selecionados e uma Diretoria Executiva formada por profissionais contratados, todos com grande experiência. Quando nós formamos há cinco anos, tinha gente de 27 até 48 anos, todos com muita experiência para fazer esse trabalho”.
TRANSIÇÃO – O presidente afirmou que esse modelo assegura uma transição mais fácil no momento em que um dirigente se aposentar, adoecer ou precisar se afastar, evitando rupturas e garantindo estabilidade.
Conforme Gallassini, o sistema funciona “muito bem”, sem mudanças ou reclamações por parte do quadro social, que entende e aprova o processo. “O sucesso da estratégia demonstra a importância da sucessão bem planejada e espera que as novas gerações, tanto da Coamo quanto das propriedades rurais, sigam fazendo ‘cada vez melhor’, sempre com um segundo líder preparado para assumir quando necessário. E isso eles estão conscientes”, completou o presidente. Ele ainda reforçou que a formação de novas lideranças é essencial para garantir o futuro da cooperativa e do agronegócio.
Da Redação
TOLEDO
Coamo projeta futuro com novos investimentos
Durante as comemorações dos 50 anos de agroindustrialização da Coamo, o diretor de Logística de Operações Edenilson Oliveira destacou que o marco histórico serve não apenas como celebração do passado, mas como referência estratégica para orientar os próximos passos da cooperativa, que avança com grandes investimentos e visão de futuro.
Ele afirmou que o objetivo desse marco dos 50 anos é criar história e ela existe para orientar o futuro. “Como chegamos até aqui? O que vamos fazer daqui para frente?”, questionou ao enfatizar que as iniciativas tomadas ao longo dos 55 anos da cooperativa e dos 50 anos de industrialização resultaram em uma trajetória de sucesso.
REFERÊNCIA – Para ele, o monumento inaugurado nesta data simboliza um ponto de referência para as próximas gerações, que ao passarem por ele poderão perceber que a Coamo chegou muito bem às cinco décadas de agroindustrialização graças às políticas adotadas.
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Oliveira ressaltou que essas políticas servem como orientação, mas não como regra fixa, uma vez que o mundo muda e a cooperativa acompanha essas transformações. “Até seis ou sete anos atrás, o Brasil não conhecia o etanol de milho, e hoje o país já abriga diversas indústrias, entre elas a primeira grande planta paranaense, atualmente em construção no parque industrial da Coamo, com investimento de R$ 1,7 bilhão”.
Ele complementou que trata-se de “uma transformação, algo que não existia e com a evolução dos mercados criou-se uma oportunidade e a Coamo leva essa oportunidade para os seus cooperados”, afirmou.
Outro exemplo citado foi o biodiesel, com o grande investimento em Paranaguá, que soma R$ 450 milhões na construção de uma nova indústria dedicada ao setor. Para Oliveira, “esses movimentos confirmam a continuidade de uma política de sucesso que trouxe a Cooperativa até aqui e que com certeza vai nos levar para mais outros 50 anos no mínimo. Que venham mais 70. Que venha a eternidade!”.
Da Redação
TOLEDO