Da primeira saca de trigo às grandes plantas industriais

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Ao recordar a trajetória de 50 anos de agroindustrialização da Coamo, o diretor industrial Divaldo Correia resgata não apenas fatos, mas marcos que moldaram a identidade da Cooperativa. Desde o primeiro moinho adquirido em 1985 até a construção das novas plantas de etanol e biodiesel, a história da Coamo se confunde com a evolução da agroindústria brasileira.

O diretor industrial da Coamo Agroindustrial Cooperativa Divaldo Correia recordou que a primeira cultura trabalhada pela cooperativa foi o trigo. “Não por coincidência, a primeira indústria instalada também foi uma indústria de trigo. Em 30 de junho de 1985, no início da gestão do engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini como presidente, a Coamo adquiriu o antigo moinho que marcou o início de sua trajetória industrial”.

A partir dali, a Coamo consolidou-se um ritmo que se tornaria marca registrada da cooperativa. “Se vocês forem na linha do tempo, vão perceber que de quatro a cinco anos a Coamo está instalando novas indústrias”.

Hoje, os parques industriais da Coamo em Campo Mourão, Dourados e Paranaguá representam décadas de decisões estratégicas alinhadas ao compromisso de gerar resultados aos cooperados. “Essas indústrias têm uma função primordial, que é garantir aos nossos cooperados renda para que eles continuem com suas atividades”, enfatizou.

Ao todo, são nove indústrias em operação, incluindo a mais recente, a planta de etanol de milho, que já alcançou cerca de 40% de execução e está prevista para ser inaugurada no segundo semestre do próximo ano. Já a 14ª indústria da cooperativa, destinada à produção de biodiesel em Paranaguá, tem inauguração prevista para o final de 2027.

PRODUÇÃO – Correia destacou ainda que toda essa estrutura não caminha sozinha. A diretoria industrial conta com 12 gerentes que lideram uma equipe de 1.700 colaboradores dedicados à produção de aproximadamente quatro milhões de toneladas de produtos ao ano. O número que corresponde a 50% de toda a matéria-prima recebida pelas 127 unidades da Coamo nos três estados onde atua.

Ele salientou que com a conclusão das duas novas indústrias, a Cooperativa terá a capacidade deve saltar para 5,5 milhões de toneladas anuais, representando cerca de 60% de toda a produção recebida. “Com essas novas indústrias, a Coamo passa para um outro patamar de industrialização”.

Ao entrar no segmento da bioenergia, a Cooperativa amplia sua atuação para além das commodities tradicionais. “A produção de etanol e biodiesel permitirá gerar até 30 megawatts de potência instalada, energia suficiente para suprir o consumo equivalente à soma das cidades de Campo Mourão, Peabiru e Mamborê, assegurou o diretor. “Isso realmente é uma glória, uma satisfação poder fazer parte desse time. A industrialização é um dos braços fortes da cooperativa e cumpre nossa missão de gerar renda para nossos cooperados”.

Em clima de homenagem, Correia lembrou ainda de datas simbólicas. Entre elas, os 55 anos da Coamo e os 25 anos da unidade de margarina, inaugurada no aniversário de 30 anos da Cooperativa com a presença do então governador do Paraná Jaime Lerner. Para o diretor, aquele momento marcou a virada para uma grande verticalização dos produtos, especialmente os derivados de soja. A narrativa de Correia reafirma que cada indústria, cada decisão e cada ciclo produtivo fazem parte de uma história construída com visão, trabalho e compromisso coletivo; uma história que continua a ser escrita.

Da Redação

TOLEDO

Presidente da Câmara destacou grandeza da Coamo e papel dos funcionários na história da cooperativa

Durante a solenidade que celebrou os 50 anos da agroindustrialização da Coamo, o presidente da Câmara Municipal de Campo Mourão, vereador Jadir Soares, o “Pepita”, enfatizou a importância da Cooperativa para o Município, o Estado e o País. Na oportunidade, ele relembrou suas origens rurais e reconheceu o impacto social e econômico da Coamo ao longo de mais de cinco décadas.

O vereador Jadir Soares afirmou que, ao acompanhar o evento, lembrava de sua própria trajetória, marcada pela vida e pelo trabalho na área rural. Ele ressaltou que o fundador Aroldo Gallassini ao iniciar o sonho da Cooperativa há 55 anos, já nutria a esperança de que o projeto teria sucesso. “Quando Gallassini começou esse sonho, ele já via no seu crescimento a esperança de que ia dar certo”.

Soares revelou que, ao chegar a Campo Mourão, em 1997 e 1998, percebeu de perto a dimensão que a Coamo havia alcançado. “Eu estava comentando a grandeza que se tornou essa indústria”, relembrou.

Para o presidente da Câmara, a Coamo é motivo de orgulho não apenas para Campo Mourão, mas para todo o Paraná e para o Brasil. Ele reconheceu o trabalho da diretoria e o papel dos colaboradores. “Os funcionários fazem parte dessa história bonita, dessa história maravilhosa”.

De acordo com o vereador, o crescimento contínuo da Cooperativa seguirá gerando renda, empregos e desenvolvimento, ampliando ainda mais sua relevância regional e nacional.

Soares agradeceu a oportunidade de participar do momento histórico e salientou seu orgulho por vir da área rural e ter uma trajetória simples, estar pela segunda vez no Poder Legislativo e testemunhar a evolução da Cooperativa.

Da Redação

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