Atitudes de sustentabilidade em academias de ginástica
A temática da sustentabilidade nos dias de hoje, vem ganhando espaço e força em diferentes cenários de nossa sociedade. O que antes parecia estar tão distante, hoje percebemos que a causa, mas também a solução de muitos problemas dessa natureza, está mais perto de nós do que pensamos: nossa casa, trabalho, escola e outros ambientes do qual fazemos parte.
Esses cenários, que potencialmente produzem muitos tipos de resíduos sólidos, têm a possibilidade de encaminhá-los para descarte de forma adequada. Mas o que vai definir essa tomada de decisão? Alguns fatores que direcionam essas escolhas são: conhecimento de causa, empatia, consciência de que esses recursos têm valor financeiro, dentre outros.
Conhecimento de causa compreende saber o que acontece com o resíduo gerado, qual o caminho percorrido e se é realmente o mais adequado. Compreende saber também se existem outras possibilidades para destiná-lo, dentro da realidade que é possível, considerando as características do local (se a prefeitura tem coleta seletiva, se existem projetos, campanhas ou programas ambientais). Destinar o resíduo adequadamente também é uma forma de empatia, de expressar o cuidado com o bem coletivo, é exercício de cidadania, pois quando se faz a escolha mais adequada no caminho da sustentabilidade, estamos verdadeiramente contribuindo para o desenvolvimento sustentável.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desenvolvimento sustentável é definido como “aquele que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. Esse conceito pode ser amplamente explorado pelo viés empreendedor de uma academia, pois se o gestor ou professor se apropriarem dos conceitos e aplicarem para mudar a rotina de seu negócio, muitos benefícios poderão surgir, e inclusive fortalecer e posicionar a marca dentro desse concorrido mercado. Vale lembrar que empresas que empunham a bandeira do “selo verde” costumam ter maior aceitação do cliente e ganham logo de cara a sua simpatia.
Confira uma lista com sete ações que podem ser adotadas pela academia por meio de seus alunos e colaboradores, para surfar a onda das atitudes mais sustentáveis:
1) Incentivar o uso de garrafinhas individuais trazidas pelos próprios alunos e colaboradores. Essa atitude simples promove mudança de hábitos e economia nas despesas da academia;
2) Disponibilizar as lixeiras coloridas para a coleta seletiva;
3) Pensar na possibilidade da construção de um estacionamento de bicicletas para seus alunos e colaboradores. É mais uma forma de incentivá-los a deixar seus carros na garagem;
4) Engajar-se e promover campanhas em algum projeto de reciclagem que tenha cunho social. Por exemplo, coleta de tampinhas plásticas, esponjas de louça usadas, lacres de latinhas, dentre outros. Essas ações promovem um comportamento de colaboração e agregam todos na busca por alcançar algum objetivo, destacando o nome do seu negócio de forma positiva;
5) Cogitar a possibilidade de fazer parceria com cooperativas de reciclagem. Algumas empresas adotam essa prática e o valor da revenda dos resíduos é destinado aos colaboradores;
6) Usar e abusar da comunicação digital com seus alunos, evitando a impressão desnecessária de documentos;
7) No caso de academias com piscina, é interessante pensar na possibilidade da utilização de fontes renováveis de energia para o aquecimento da água, como os painéis solares.
Essa é uma pequena lista de atitudes que podem ser adotadas ou colocadas em planejamento. Vale lembrar que não só os alunos devem ser conscientizados e chamados para a ação, mas todos os colaboradores, pois boas práticas sustentáveis, além de estarem alinhadas com o pensamento de preservação e cuidado com os recursos do planeta, promovem o desenvolvimento da sociedade.
Podem gerar a redução dos custos e aumentar as chances de um bom posicionamento nesse mercado tão competitivo. Enfim, estar consciente de que estamos no mesmo planeta, num local chamado dentro aonde o fora não existe.
Ana Zattar é docente do curso de Bacharelado e Licenciatura em Educação Física