CAMINHOS DO SUCE$$O

O senhor dos sonhos está sempre desperto

Eduardo Klaue

Aqueles a quem foi dado o poder de conhecer o “Senhor do Tempo”, sabem que sendo em um só Presente-Passado-Futuro, não se preocupam com os acontecimentos atuais, pois sabe que eles trarão em médio tempo, consequências, e com elas, o realizar dos seus sonhos e desejos mais profundos. Assim funciona…Como uma flexa lançada, que ao seu tempo alcançará o alvo.

Mas a paciência, que não é estática, é primordial, é quem tudo faz acontecer. Quando unida aos que tiveram permissão a conhecer o “Senhor dos Sonhos”, torna-se um longo e agradável passear pelos campos.

Mas é preciso conhecê-los. Com a simpatia deles, o mais fraco servo, derrota o mais poderoso, intocável, assustador e injusto homem.     

Então…Há muito tempo atrás, não tão longe daqui, um jovem inconformado com a vida rotineira, foi levado por seu pai até um castelo no alto da montanha, onde vivia um velho sábio chamado Tagnotbhy. Ele, segundo diziam, tinha uma ligação muito estreita com Deus, pois podia conversar com ele em sonhos, e ajudar outras pessoas a resolverem seus problemas. Contavam também que podia parar o tempo e deixar em sono infinito um mal feitor.

Do alto da escadaria que se bifurcava em duas – o jovem deixado por seu pai em um imenso salão – ouviu uma voz que se espalhava por todos os cantos:  – Levarás daqui o que veio buscar, mas antes ouça com atenção o que tenho a lhe contar: E o dia se fez noite …”- O dia havia apenas amanhecido, e o agricultor solitário já estava carpindo a lavoura. Aquele seria mais um como tantos outros dias. Ele abria o solo e ao mesmo tempo pensava na vida. Como era difícil a luta para sustentar a família. Algumas vezes se viu questionando a justiça dos céus. 

Ao longe se podia ver a rodovia que cruzava as plantações, quando ele avistou um ônibus que passava, e imediatamente pensou consigo mesmo: – Vida boa deve ser a daquele motorista de ônibus. Trabalha sentado, e sem muito esforço conduz muita gente a vários destinos. Não toma chuva nem sol e ainda pode ouvir músicas para se distrair. Por que eu fui ser colocado justamente neste lugar?

Enquanto isto, o motorista ao ser ultrapassado por um carro de passeio último tipo, com um homem de terno dirigindo, exclamava: – Vida boa mesmo deve ser a deste executivo, dirigindo para onde bem entende este carrão de luxo.  Vai e vem a hora que quer e não precisa ficar dias fora de casa dormindo em hotéis de segunda categoria.

Olhando a imensidão da estrada, o executivo pensava em como era difícil a vida competitiva, as preocupações com os negócios, as reuniões intermináveis, os impostos, os filhos com quem quase não podia conversar. Mergulhado em seus pensamentos, olhou para o céu, e avistou um jatinho que cruzava os ares. E disse com tom de certeza: – Vida boa é a de piloto de avião, conhece o mundo inteiro, não precisa enfrentar trânsito e traz muitas lembranças para casa. Seus compromissos são marcados com bom tempo de antecedência, e assim pode controlar sua vida.  

Lá de cima, o piloto olhava para baixo e sonhava acordado: – Como eu queria estar no lugar daquele homem, trabalhando tranquilamente em meio a plantação a ouvir o canto dos pássaros, sem maiores preocupações. E o melhor, ao findar o dia, poder voltar para casa, abraçar a esposa e os filhos, e contar histórias até cair no sono. Isto é que é vida! “

Minutos já haviam se passado, quando o jovem deu por si, sobre o pico de uma imensa montanha… E a noite se fez dia. O sábio,  então contou seu segredo, dizendo que a tradução de seu nome era “O Senhor dos Sonhos”, e que contara aquela história para que ele pudesse perceber a imensidão do poder de Deus. 

Mostrou ao jovem escrituras secretas que lhe davam a garantia de que Deus sabia exatamente o lugar que era melhor para cada um., o aprendizado, a evolução pessoal e moral de que cada um necessitava, para cada momento da vida.  Demonstrou com imagens refletidas sob a imensidão do céu, que muitas pessoas possuíam todos os componentes para tornar o mundo melhor, mas que por egoísmo, falta de vontade ou de fé, deixavam que perdessem suas funções originais.

A partir daquele momento, o jovem começou a ver o mundo com outros olhos, a agradecer a Deus pelos dias, pelas noites, pela família, pelos amigos, pelo trabalho que lhe fora concedido aprender, e passou a utilizar seus conhecimentos para melhorar o mundo ao seu redor. E todas as noites ia ter com o “Senhor dos Sonhos”, até que foi apresentado por ele ao “Senhor do Tempo”… .     

            É meu amigo leitor, talvez esta história seja mais verdadeira que possamos imaginar, e esteja muito mais perto sem que possamos ver… Com os olhos nus. “Occulta sunt in invisibilibus”

Uma ótima semana! 

Eduardo Klaue

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