Encontro nacional debateu potencialidades e necessidades do agronegócio

Importante evento, de abrangência nacional, reunindo autoridades e lideranças de podo o País, realizado em Brasília no dia 10 de agosto último, concluiu mais uma vez que o agronegócio brasileiro é exemplo mundial de produção agropecuária sustentável. Foi o Encontro Nacional do Agro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com participação do presidente da instituição, João Martins; do presidente da República, Jair Bolsonaro; do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes; e diversas outras autoridades e dirigentes de federações estaduais, sindicatos e associações do setor,

No evento, o ministro Marcos Montes participou do painel sobre Segurança Alimentar e Sustentabilidade, ao lado do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, destacando que o Brasil é potência agroambiental, com produção agropecuária alinhada à sustentabilidade, além de ser uma das poucas nações com capacidade de atender a demanda mundial por alimentos nas próximas décadas. Em apoio e estímulo a essas práticas, Montes citou o Plano Safra, que garante juros menores para linhas de crédito focadas na produção sustentável.

No Encontro Nacional do Agro, a CNA apresentou documento reunindo prioridades do setor, divididas em segurança alimentar e desenvolvimento econômico, social e sustentável do agronegócio nacional.

Na oportunidade, o presidente do Sistema de Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas, destacou que o cooperativismo tem contribuído expressivamente para os avanços do setor do agropecuário, através de modelo de negócios que vem viabilizando a atividade dos cooperados, além de gerar novos empregos.

Segundo o dirigente, o Brasil conta com 1,2 mil cooperativas agropecuárias e mais de um milhão de cooperados, sendo responsáveis por 53,6% da produção nacional de grãos e tendo destaque na oferta de assistência técnica ao produtor rural.

Conforme estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na agricultura nacional tradicional apenas 20,2% dos produtores rurais contam com assessoramento técnico do poder público. Já entre os cooperados esse percentual sobe para 63,8%, o que comprova que o cooperativismo é essencial em toda a cadeia produtiva, desde o plantio até a comercialização da produção, fazendo isso de forma sustentável e alinhada aos princípios cooperativistas.

O presidente da CNA, João Martins, por sua vez, ressaltou a importância do apoio do Congresso Nacional para o desenvolvimento sustentável do setor. Segundo ele, embora o agronegócio esteja caminhando bem, os novos integrantes do Congresso Nacional precisam estar alinhados com o setor para promover importantes reformas estruturantes.

“Sabemos que somos bons em produzir e temos tecnologia e equipamentos, mas precisamos de mais modernidade no agronegócio. Para isso, devemos eleger representantes que tenham coragem de votar as grandes reformas que o Brasil precisa para nos posicionarmos como um dos líderes do mundo na produção sustentável de alimentos”, ressaltou João Martins.

A CNA também apresentou documento a presidenciáveis, além de candidatos ao Congresso Nacional, com propostas divididas em diversos temas, como segurança alimentar e desenvolvimento econômico, social e ambiental. A ampliação das áreas de irrigação e produção nacional de fertilizantes também foram pontos defendidos pela entidade.

Dilceu Sperafico*

*O autor é ex-deputado federal pelo Paraná e ex-chefe da Casa Civil do Governo do Estado

E-mail: dilceu.joao@uol.com.br

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