Caminhos do Sucesso

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A sociedade oculta por si mesma

 

Cada dia mais a sociedade está sendo cegada por uma onda de informações e ações totalmente direcionadas a interesses pré-determinados. São os homens do mensalão da lava-jato que desviam milhões de um povo que vive amarrado sob as grossas correntes dos financiamentos da casa própria, dos juros do cartão de crédito, do cheque especial…Dos empréstimos pessoais.  

As novelas, os jornais da TV e os BBBs a cada dia mais, atuam somente em função dos interesses do mercado e de seus patrocinadores. O que interessa é o ibope! E a educação, os valores humanos, a união da família, a solidariedade, a religião verdadeira, a verdade e o respeito aos interesses coletivos, onde estão? Nada, só se vê violência, badernas, saques, lutas entre classes e grupos de interesses. O que vale é o ter o que os outros têm, o que vale é o agora. Satisfação imediata!

O Brasil está doente, sua população está doente e o governo e as instituições estão perdidos sem saber o que fazer. Todos estamos vendo isso, ou quase todos… Então… A quem interessaria esta cegueira geral?

 Aos entendedores, busco aqui uma explicação que surge das profundeza de uma caverna… “Retirado do Mito da Caverna …Sócrates tem a palavra: – Imagine a nossa natureza, relativamente à educação ou à sua falta, de acordo com a seguinte experiência. Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça, por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que queima ao longe, numa eminência, por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascendente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os homens dos “teatros de bonecos” colocam diante do público, para mostrarem suas habilidades por cima deles.

[…]- Imagine também, ao longo deste muro, homens que transportam toda a espécie de objetos, que o ultrapassam: estatuetas de homens e de animais, de pedra e de madeira, de toda a espécie de labor; como é natural, dos que o transportam, uns falam, outros seguem calados.

– Considere, pois o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objetos cujas sombras via outrora. O que você julga que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objetos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não lhe parece que ele se veria em dificuldades e suporia que os objetos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam?

[…] Portanto, se alguém o forçasse a olhar para a própria luz, doer-lhe-iam os olhos e voltar-se-ia, para buscar refúgio junto dos objetos para os quais podia olhar, e julgaria ainda que estes eram na verdade mais nítidos do que os que lhe mostravam?

[…] E se o arrancassem dali à força e o fizessem subir o caminho rude e íngreme, e não o deixassem fugir antes de o arrastarem até a luz do Sol, não seria natural que ele se doesse e agastasse, por ser assim arrastado, e, depois de chegar à luz, com os olhos deslumbrados, nem sequer pudesse ver nada daquilo que agora dizemos serem os verdadeiros objetos?”

Olhos que não podem mais ver, bocas que perderam a coragem de falar, ouvidos que só escutam uma mesma nota, mãos que já não sabem abraçar, pernas que sem forças não podem mais andar…Mentes que se cansaram de pensar, ódio que cresce sem controle e sem saber mais contra quem. Quando chegar a Ira…Talvez então, chegará a era da luz, onde será finalmente usada, a Medicina Oculta!!!!

Ainda há esperança, ainda há esperança, o que é justo e correto deve prosperar… Annuit cœptis!   

 

Um abraço do Klaue!

 

Eduardo Klaue

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