Coluna Do Editor – 22/07/2024

Aeroporto

Ainda sobre a questão do Aeroporto Municipal Luiz Dalcanale Filho, a empresa Azul não opera no local desde dezembro do ano passado, mas a Prefeitura de Toledo mantém o contrato com parte da empresa terceirizada, mantendo funcionários de controle de bagagens, os chamados APACs. São pessoas que estão sem fazer nada relacionada ao trabalho original e recebendo dinheiro público.

Guarda

Além disso, a atual gestão do prefeito Beto Lunitti mantém guarda municipal no aeroporto para fazer o serviço da empresa terceirizada, de controle do balizamento noturno.

Processo

Ao longo dessa gestão, houve uma tentativa desesperada em terceirizar o serviço, assim como aconteceu também, por exemplo, com a escolha da empresa vencedora para administrar o Hospital Regional, mas isso é outra história. Guardas municipais de Toledo foram submetidos a testes que sequer existiam, tudo com anuência do responsável pela secretaria que administra o aeroporto toledano.

Contrato

O objetivo finalmente foi alcançado. Bom, mas agora, desde 4 de dezembro de 2023 não pousa um avião comercial no local. Estamos no mês de julho de 2024 e o contrato deveria ter sido encerrado, afinal, por que renovar o contrato para um serviço de uma empresa que sequer tem previsão de voltar. Ah sim, porque a Azul nem cita Toledo em suas operações futuras.

Dinheiro

O contrato com essa empresa terceirizada era de R$ 366 mil por ano, algo em torno de R$ 36 mil por mês. A Prefeitura de Toledo estaria pagando para uma empresa na qual os funcionários estão recebendo sem trabalhar. É no celular o dia inteiro porque não tem nada para fazer.

Vereadores?

Aí, de novo, uma perguntinha básica: os vereadores não sabem que isso está acontecendo? Será que não tem como apurar informações? Cadê os nobres vereadores?

‘Rei de Vídeo’

Na atual legislatura tem muito ‘Rei de Vídeo’, ou seja, gente que adora postar vídeos em grupos de Whatsapp ou redes sociais pagando de paladinos em defesa do povo, mas na prática são coniventes com uma série de coisas, no mínimo, estranhas.

Tiros

Leoclides Bisognin, ao que parece, será o relator no caso dos tiros dados pelo presidente da Câmara, Dudu Barbosa, no interior do município ao lado do secretário Diego Bonaldo e servidores públicos em horário de expediente. Adivinhem o que vai acontecer…

O leitor escreve…

“Márcio, Toledo já perdeu a disputa pelo aeroporto. Quando estava ganhando, acreditou no Aeroporto Regional, enquanto isso Cascavel se movimentou, reformou o aeroporto e hoje tem nas mãos um aeroporto que não é regional oficialmente, mas que atua e funciona como um”. Mensagem encaminhada por um leitor.

Alternativa

E ele segue: “Uma alternativa viável para salvar o aeroporto, era torná-lo um aeroporto focado na aviação executiva e como uma opção viável para quando os aeroportos de Cascavel e Foz estivessem fechados. Toledo seria o “porto-seguro” da região, sempre pronto para receber um vôo que não conseguisse pousar. Aposto que sai muito mais barato pousar em Toledo, do que voltar para São Paulo e pagar hotel para todos os passageiros”.

Carga

Outra sugestão dada pelo leitor é algo que defendo há muito tempo: deixar o aeroporto de Toledo com foco na aviação de carga. “Vai acontecer a mesma coisa com o terminal da Ferroeste, alguma outra cidade vai conseguir puxar o terminal e Toledo vai ficar a ver navios de novo. Empresas multinacionais tentam vir para Toledo e sempre acabam nas cidades vizinhas. As empresas querem vir, mas parece que a cidade nunca está disposta a aceitar esses novos moradores”.

Se…

No caso do terminal da nova Ferroeste, quando e se acontecer.

...
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1 comentário
  1. Júlio Diz

    Caro editor:

    Tenho comigo que o município de Toledo jogou e ainda joga dinheiro fora apostando num aeroporto que nunca dará certo. Fez investimentos com a promessa de torna-lo uma base regional, fundamentando-se em lendas sobre o aeroporto de Cascavel, lendas estas falsas, mas tão arraigadas que mesmo desenhando, alguns não entendem.

    Se CAC fosse ruim, perigoso, de baixa demanda e outras alegações, as primeiras a fugir seriam as companhias aéreas. Mas, ao contrário, todas atendem o aeroporto e projetam aumento de rotas. Consultando a ANAC, vemos que proporcionalmente têm menos problemas climáticos que outros do estado.

    Um inominado leitor diz que Toledo “estava ganhando”. Ganhando o quê, exatamente? O recorde do aeroporto local foi em 2022, com menos de 20 mil passageiros, alguns voos semanais para uma rota e avião pequeno, sustentados por uma lei estadual de incentivos com descontos no ICMS. Por outro lado, nas últimas décadas o pior número de Cascavel foi 127 mil, em 2020, no auge da pandemia. Em 2024 ultrapassará a marca dos 400 mil, devendo chegar aos sete dígitos nos próximo anos.

    E sim, o aeroporto de Cascavel é oficialmente um aeroporto regional, até no nome, tudo homologado junto à ANAC.

    A ideia de montar uma estrutura para servir de alternativa para CAC e IGU é totalmente inviável. O número de voos alternados é insignificante. Nenhuma empresa montará uma base com funcionários treinados, três turnos diários, equipamentos caríssimos e ônibus, todos sem fazer nada, aguardando por semanas ou meses um raríssimo voo, com o risco de ainda pegar tempo fechado em TOW. Sim, Toledo também fecha. Hoje só a prefeitura parece manter gente ganhando sem trabalhar.

    Outro fator determinante é não existir condições técnicas para as aeronaves utilizados na região. Para tanto se faz necessário aumento da pista com o desvio da rodovia, mais caminhões de combate a incêndio e bombeiros treinados, novo estacionamento de aeronaves, terminal maior e outras exigências, tudo isso devidamente homologado. Coisa de dezenas de milhões de reais e anos de obras. Logo, em caso de adversidades, continua mais barato voltar à origem ou alternar, como ocorreu num voo que ia a Foz e pousou em Cascavel, na última semana.

    Igualmente equivocada é a venda da ideia de um aeroporto de cargas. Pouquíssimas estruturas mundo afora tem essa característica. No Brasil, Guarulhos e Viracopos cumprem essa função para voos internacionais dedicados a cargas, mas suas maiores demandas são voos de passageiros. Dentro do país, as cargas são levadas nos porões das aeronaves de passageiros, para aproveitar espaços vagos, não havendo voos exclusivos de cargueiros para o interior.

    Já a aviação executiva em TOW, estou totalmente de acordo. Melhor será a terceirização, deixando um encargo a menos para os cofres públicos. Cascavel está buscando repassar seu aeroporto para a INFRAERO.

    Quanto à Ferroeste, se sair a ampliação, será pela iniciativa privada, logo os terminais e trilhos ficarão onde e quando houver lógica financeira. Tendo o terminal principal a 40 km de Toledo, me parece pouco promissora a ideia de uma estrutura ou desvio de trilhos. Tem mais cheiro de politicagem, com direito a lendas, do tipo “terminal de Cascavel não tem espaço”, nos moldes do que fizeram com a famigerada briga política e de egos que atrasou e prejudicou a estrutura aeroportuária da região, atingindo passageiros nas suas necessidades e, principalmente, todos os contribuintes nos bolsos.

    Dinheiro público não é dinheiro de ninguém. É o suor e o sacrifício de todos. Deve ser usado com garantia de algum retorno.

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