A força da mulher

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Amanhã, 19 de novembro, é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. A data surgiu através de uma iniciativa das Nações Unidas em parceria com diversas instituições de todas as regiões do mundo e tem como objetivo incentivar as mulheres no mundo dos negócios. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem aproximadamente hoje no país 9,3 milhões de mulheres à frente de negócios próprios. Apesar dos avanços, muitas ainda precisam enfrentar o preconceito e os empecilhos que surgem no caminho por diversos fatores, entre eles, o julgamento por investir em setores ainda estigmatizados por algumas pessoas.

Ser empreendedor no Brasil já não é tarefa das mais fáceis, afinal, é preciso vencer tantos obstáculos que em alguns momentos é mais fácil desistir de um sonho, de um projeto ou ideia do que tentar superar a burocracia, a ignorância, o excesso de desconfiança. Mas ser uma mulher empreendedora é ainda mais difícil num país culturalmente machista e retrógrado quando o assunto é o direito das mulheres de serem aquilo que elas querem ser.

Mulheres empreendedores não são poucas, porém, para chegarem ao patamar de sucesso primeiro precisam vencer as batalhas caseiras, onde maridos, filhos ou amigos tentam de várias formas desestimular a vontade de montar seu próprio negócio, de arriscar ou simplesmente mudar de vida e começar a tomar conta de casa e da família, tarefa igualmente árdua e nada fácil. Somente quem enfrenta isso de perto para saber a dificuldade em administrar uma casa.

Mas, aí vem os desafios de fora, as ‘gracinhas’, as ‘cantadas’, as propostas indecentes e as sugestões de ‘caminhos mais fáceis’ para se atingir o ápice que depende apenas de capacidade, de habilidades que não estão carimbadas no sexo, mas sim no cérebro. A força da mulher está justamente nessa capacidade de resiliência e de resistência em enfrentar tantos obstáculos e ainda assim vencer, além de conseguir conciliar uma carreira com criação dos filhos, trabalhos domésticos, etc que demandam tempo e capacidade para serem realizados com eficiência, algo que muitos ‘marmanjos’ sequer se aproximam ou sequer tem a humildade em reconhecer a capacidade de tantas mulheres empreendedoras.