Aeroporto executivo

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Esta semana, quando o governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve em Cascavel para o lançamento das obras do novo Trevo Cataratas, muitos toledanos aproveitaram a carona para visitar ainda as obras do Aeroporto Municipal de Cascavel, que tornará o local uma referência em termos de aviação regional no país. Amplo e moderno, as novas instalações, assim como as melhorias na pista, tornarão aquele espaço o verdadeiro Aeroporto Regional para este pedaço do oeste paranaense.

Aí cabe uma pergunta: e como fica o Aeroporto de Toledo? A resposta pode ser mais fácil do que se possa imaginar e exigirá outra vez um esforço coletivo de suas lideranças, assim como o desprendimento de egos, algo nem sempre muito comum quando se trata deste assunto.

A solução seria transformar – como, aliás, defendem alguns experts no setor – o Aeroporto Municipal Luiz Dalcanale Filho numa referência para a aviação executiva, algo bastante comum em outros países, mas ainda um tabu no Brasil. Bem localizado e com condições técnicas invejáveis, o aeroporto toledano poderia ser a base de operações alternativa para quem nem sempre tem a paciência necessária ou depende de uma locomoção mais ágil, sem depender da aviação comercial. Analisando com calma, hoje o Luiz Dalcanale Filho tem toda estrutura para que isso aconteça sem demora.

Esta poderia ser não apenas a solução para manter o aeroporto funcionando, mas também para que ali sejam feitos novos investimentos e esta região possa ter dois aeroportos operando em condições técnicas e de estrutura invejáveis e capazes de atender toda a demanda, seja ela comercial ou executiva.

Nunca é demais lembrar que, com o projeto do Biopark avançando a passos largos, será preciso uma ligação mais fácil com os grandes centros e isso só acontece através dos voos dos jatos, sejam eles comerciais ou executivos. No caso dos últimos, hoje qualquer aeronave consegue operar a partir do Luiz Dalcanale Filho, o que dá muita vantagem para o aeroporto toledano se tornar essa referência.

Mas isso é apenas uma ideia que pode ou não ser levada adiante, algo que necessariamente depende de quem decide, ou seja, as lideranças locais que precisam compreender que quando não se consegue crescer geograficamente, é preciso demarcar território com inteligência. A constatação é muito simples e quanto mais cedo as pessoas compreenderem isso, mais rápido será o processo de consolidação de Toledo como uma cidade diferenciada.

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