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Achar que se é esperto ao roubar algo de alguém revela, antes de tudo, uma profunda falta de caráter e de compreensão sobre o que realmente significa inteligência. A esperteza genuína reside na capacidade de construir, de criar valor, de interagir de forma ética e construtiva com o mundo ao redor. O ato de roubar, por outro lado, é uma demonstração de oportunismo mesquinho e de uma visão de mundo distorcida, onde o benefício próprio é colocado acima do respeito e da dignidade alheia.
Quem se vangloria de ter “se dado bem” ao subtrair algo de outra pessoa demonstra uma pobreza de espírito notável. Essa falsa esperteza se baseia na exploração da vulnerabilidade ou da confiança do outro, um comportamento que mina os laços sociais e corrói a base da convivência em sociedade. Em vez de inteligência, o que se vê é uma esperteza rasteira, que se contenta com o logro e com a obtenção de vantagens ilícitas.
É importante lembrar que as ações têm consequências. Mesmo que, em um primeiro momento, o ladrão se sinta esperto e impune, a verdade é que esse tipo de atitude gera desconfiança, ressentimento e, em última instância, isolamento. E no caso relatado ontem (8) pela Polícia Civil do Paraná na 20ª Subdivisão Toledo, essa “esperteza” ficou pra trás quando o bilhete de jogo ficou pra trás. A Operação recebeu nome de “Aposta Errada”, mas olhando bem deveria ser “Bilhete Premiado”, afinal, a sociedade é quem foi premiada com a prisão dos envolvidos nos furtos que envolviam usinas solares.
E não ache que você, como sociedade, não pode fazer nada. Deve deixar de lado o desejo de ser “espertinho” e pagar menos para um “cara de fora” do mercado oficial das peças que deseja adquirir, afinal, vai saber que não é essa atitude que ajuda fomentar o mundo do crime? Pense nisso.
A verdadeira inteligência social passa pela empatia, pela capacidade de se colocar no lugar do outro e de agir de forma a promover o bem-estar coletivo.
A real esperteza se manifesta na honestidade, na integridade e na capacidade de construir um mundo onde todos possam conviver de forma segura.