Início de um novo rumo

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O início de um conclave sempre carrega consigo uma aura de solenidade e expectativa. A Igreja Católica Romana se volta para um momento crucial de sua história na escolha de quem será o sucessor de Pedro. É um processo único, imerso em rituais seculares que iniciou na tarde de ontem (7) em Roma com a missa pública na Basílica de São Pedro e depois o enclausuramento na Capela Sistina onde então irão eleger um novo papa.
Observar os cardeais eleitores e muitos deles também candidatos entrarem em reclusão na capela, cientes da magnitude de sua responsabilidade, é testemunhar a confluência de tradição e fé. As orações que marcam o início do conclave, como Oração Universal, este ano lida pela brasileira Andressa Collet, em português, elevam o momento, buscando a iluminação divina para as deliberações que se seguirão.
A liturgia que precede as votações não é mera formalidade; ela estabelece o tom de introspecção e oração que deve permear todo o processo. O juramento solene de cada cardeal, comprometendo-se com o sigilo e a busca pelo bem da Igreja Universal, reforça a gravidade da tarefa que têm diante de si. Sigilo esse presado pelo Vaticano e que neste ano providenciou equipamentos tecnológicos como dispositivos de interferência para inibir qualquer tipo de escuta.
Embora o mundo exterior observe com curiosidade e, por vezes, com especulação, o que ocorre dentro da Capela Sistina é um mistério guardado a sete chaves. A fumaça que emana da chaminé torna-se o único elo visível com o exterior, alimentando a ansiedade pela notícia do “Habemus Papam”.
Neste início de conclave, a esperança reside na capacidade dos cardeais de transcenderem facções e interesses particulares, focando no bem maior da Igreja e nas necessidades espirituais dos fiéis ao redor do mundo. No sermão da missa antes do enclausuramento, o cardeal italiano, Giovanni Battista Re, de 91 anos solicitou que todos os cardeais deveriam “deixar de lado toda consideração pessoal” ao escolher o novo papa e presar “o bem da igreja e da Humanidade”.
Que o Espírito Santo ilumine suas mentes e corações para escolherem aquele que conduzirá a Barca de Pedro com sabedoria e coragem neste tempo onde a abertura de conhecimento e informação é de tamanho imensurável, onde cada povo e cultura precisa aprender a respeitar o próximo sem ódio em seus corações e a soberba não mais pode imperar entre os povos.