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O Brasil vive um paradoxo no mercado de trabalho. De um lado, milhões de pessoas buscam uma recolocação profissional. De outro, empresas de diversos setores clamam pela falta de mão de obra qualificada, o que as impede de expandir e, em alguns casos, até mesmo de manter suas operações em pleno vapor.
Como é possível que o país conviva com uma alta taxa de desemprego enquanto as empresas relatam dificuldades para preencher vagas? A resposta não é simples, mas aponta para um descompasso significativo entre a oferta e a demanda de talentos.
Uma das queixas dos desempregados é de se sentirem frustrados com a baixa remuneração oferecida em algumas vagas, a falta de benefícios atrativos e a exigência de um nível de experiência ou qualificação que não condiz com a realidade do mercado ou com as responsabilidades do cargo.
Por outro lado, as empresas combatem leões diárias e tem mais a rapidez com que o mercado evolui, impulsionada pela tecnologia e pela globalização, exigindo profissionais cada vez mais adaptáveis e com habilidades específicas. A falta de qualificação se tornou um dos maiores entraves para o crescimento empresarial. Em setores como tecnologia, logística, agronegócio e indústria, a escassez de profissionais com o conhecimento técnico e as competências comportamentais necessárias é um desafio constante.
Se formos analisar apenas esse cenário, ele acaba girando num ciclo vicioso. O desempregado se sente desmotivado pela falta de oportunidades adequadas, enquanto a empresa adia projetos e perde competitividade por não ter a equipe ideal para executá-los.
A pergunta é: o que fazer para que adolescentes e jovens se interessem por estudar, por se interessarem por um mercado de trabalho real, onde a competitividade, exigências e metas façam parte do seu dia-a-dia sem ofender esse profissional? Muitos vão responder: educação. Seja ela de casa ou da escola, esta resposta sempre vai bater aqui, na educação.
E a partir dessas respostas as vertentes de debate só aumentam e sabendo disso, fica a reflexão para o que cada um pensa sobre essa situação e no que pode contribuir para uma sociedade mais pró ativa.
