Delicado

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Assuntos que são delicados, tendemos a tentar evita-los, deixar pra lá, não falar pra não gerar polêmica ou por que pode trazer problema. Mas por quê será que temos que ter tanto cuidado com tudo isso? Não seria mais simples se os demais conseguissem apenas respeitar a opinião alheia, escolha religiosa, time de futebol, cor, gênero? Qual a razão de discutir opiniões na necessidade de imposição do certo e errado ao invés apenas de ser a minha opinião e a sua? Quanto mais isso não agregaria na convivência das pessoas e tudo que seria evitado se apenas o respeito fosse exercitado?

Parece tão simples, mas não é. As pessoas, por natureza, tentem impor sua forma de pensar, agir, crer e ser como a melhor ou a mais correta esquecendo que vivemos num mundo de mais de 8 bilhões de indivíduos e que cada um é único mesmo tendo a mesma crença, raça, cor e opinião. Tudo se diverge e isso é natural. O que precisamos naturalizar é o respeito.

O verdadeiro teste do nosso respeito não está nas grandes declarações, mas nas pequenas atitudes cotidianas: na escolha das palavras, na paciência com a opinião divergente, na recusa em reproduzir piadas ou estereótipos depreciativos.

O respeito sincero não pode ser imposto; ele deve ser cultivado a partir da compreensão. É preciso reconhecer que cada indivíduo é um universo complexo, moldado por uma história única. Suas crenças, sua cor de pele, sua identidade de gênero ou sua orientação religiosa não são meros detalhes, mas partes integrantes de quem ele é.

A ausência de compreensão, por outro lado, alimenta o preconceito, que é, essencialmente, um “pré-conceito”, um julgamento apressado e equivocado. Quando nos recusamos a olhar o mundo pelos olhos do outro – praticando a empatia – criamos muros de intolerância. Não se trata de concordar com tudo, mas sim de reconhecer e validar a existência e a dignidade do diferente.

A compreensão nos ensina que a diferença não é uma ameaça, mas uma oportunidade de aprendizado e crescimento. Somente através do respeito mútuo, que acolhe e valoriza a diversidade em sua totalidade, poderemos, de fato, construir um mundo em que todos se sintam seguros, vistos e pertencentes.

O respeito, em sua essência, é o reconhecimento de que todos somos humanos e, portanto, igualmente dignos. As leis são as mesmas para todos, a evolução de cada um só depende de si.

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