Precisamos falar sobre isso…

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Há pouco tempo se fala em saúde mental com abertura e sem estigmas e mesmo assim medos, receios e tabus ainda limitam as pessoas procurarem apoio e auxílio na área. Mais uma data vem para reforçar a importância dos cuidados mentais: O Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado anualmente em 10 de outubro. É um chamado global inadiável para a ação, a conscientização e a quebra de estigmas. A saúde mental deixou de ser uma questão secundária para se impor na saúde integral e do desenvolvimento humano. No entanto, a realidade ainda está longe do ideal.
Os números são alarmantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostram que milhões de pessoas em todo o mundo vivem com transtornos mentais, e as crises recentes — como a pandemia de COVID-19 — exacerbaram dramaticamente os quadros de ansiedade e depressão.
Apesar da crescente conscientização, o estigma social permanece como uma das maiores barreiras. O medo do julgamento, de ser rotulado como “fraco”, “preguiçoso” ou “incapaz”, impede que muitas pessoas procurem ajuda. Precisamos internalizar que a saúde mental é um direito humano universal, e buscar tratamento é um ato de coragem e autocuidado, não de fraqueza. E para aqueles que acham possível “fingir” sintomas para conseguir afastamento do trabalho ou algum benefício próprio, saibam que isso só prejudica os que realmente precisam de tratamento das doenças da saúde mental causando assim mais preconceito e incredibilidade.
Voltando a tratar desta data especial, uma das maiores vitórias dessa data é combater a invisibilidade de um sofrimento que, por não deixar marcas físicas evidentes, foi por séculos relegado ao silêncio e ao estigma. O Dia Mundial da Saúde Mental, ao ganhar destaque na mídia e nas redes sociais, força a pauta para o centro do debate público. Ele oferece uma plataforma legítima para que indivíduos e organizações falem abertamente sobre depressão, ansiedade, burnout e outras condições, mostrando que esses não são “falhas de caráter” ou “fraquezas”, mas sim questões de saúde que merecem atenção, tratamento e, sobretudo, empatia.