Prevenção antes da vergonha

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O mês de novembro vem com uma de suas cores marcantes e emblemáticas com a campanha do Novembro Azul, um alerta essencial e urgente para quebrar o silêncio e o tabu que ainda rondam a saúde dos homens, com foco principal na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata.

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Os números são alarmantes: a doença é responsável por milhares de mortes anuais no país. O que torna essa estatística mais trágica é o fato de que, quando diagnosticado em estágios iniciais, o câncer de próstata apresenta chances de cura que podem superar 90%.

O principal obstáculo na luta contra essa doença não é a medicina, mas o preconceito. A “síndrome do super-herói”, a ideia de que o homem forte não adoece e não precisa ir ao médico, leva muitos a negligenciarem os exames preventivos. Em particular, o exame de toque retal e a dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico), que são cruciais para a detecção precoce, são evitados por medo ou vergonha.

O resultado é um diagnóstico tardio, quando a doença já está em fase avançada e as opções de tratamento são mais limitadas, invasivas e com menor taxa de sucesso. O Novembro Azul nos lembra que cuidar da saúde é um ato de coragem e responsabilidade, não de fragilidade.

A campanha vai além do câncer de próstata. Ela é um convite para o homem adotar uma visão integral de sua saúde que inclui acompanhamento médico regular para condições como hipertensão, diabetes e colesterol e a adoção de um estilo de vida saudável.

A vida não tem preço, a vergonha sim. Vá ao médico, não há porque evitar o simples e se tiver vergonha, vá sem contar pra ninguém, mas vá. A campanha deve ser mais do que uma cor em laços e logotipos, mas sim um catalisador para uma mudança de atitude. Prevenir é viver.

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