Julho Amarelo

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Julho também tem sua cor e uma delas á a amarela, com a campanha levantando a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais. Em um cenário global onde milhões de pessoas convivem com essas infecções silenciosas, a conscientização se torna uma ferramenta poderosa para salvar vidas e mitigar o avanço dessas doenças.
As hepatites virais – A, B, C, D e E – são inflamações do fígado causadas por diferentes vírus. Embora cada tipo possua suas particularidades de transmissão e evolução, o impacto na saúde pública é inegável. A Hepatite B e C, em especial, são as maiores preocupações, uma vez que podem se tornar crônicas e evoluir para cirrose, câncer de fígado e até a morte se não forem detectadas e tratadas precocemente. Estima-se que, no Brasil, milhões de pessoas já tiveram ou têm algum tipo de hepatite viral, e muitas delas não sabem.
A grande perversidade das hepatites é o seu caráter assintomático em estágios iniciais. Uma pessoa pode viver anos com o vírus no corpo sem apresentar sinais claros, o que dificulta o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento em tempo hábil. É por isso que a testagem é um pilar fundamental da campanha Julho Amarelo. Testar-se é um ato de responsabilidade individual e coletiva, que permite identificar a infecção precocemente e iniciar o acompanhamento médico adequado.
Felizmente, houve avanços significativos no tratamento das hepatites virais. A vacina é segura e eficaz, e sua cobertura deve ser ampliada para proteger o maior número de pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde.
No entanto, os desafios persistem. A desinformação, o estigma social e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde ainda são barreiras para o controle das hepatites virais. É imperativo que governos, profissionais de saúde, organizações da sociedade civil e a população em geral trabalhem em conjunto para superar esses obstáculos.
O Julho Amarelo nos convida a uma reflexão profunda sobre a saúde do nosso fígado e a importância de ações preventivas. É um chamado à solidariedade, à empatia e à responsabilidade. Que este mês seja um marco para uma mobilização contínua, que ecoe por todos os dias do ano.