Um verde que salva
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O Setembro Verde, campanha nacional de incentivo à doação de órgãos, ganha um significado especial no Paraná. Longe de ser apenas um mês de conscientização, a iniciativa reflete um esforço contínuo que coloca o estado como um dos líderes em doações no Brasil. Somos o segundo estado com maior número de doações de órgãos, o primeiro é nosso vizinho, Santa Catarina. Os dados mais recentes são motivo de orgulho, mas também um lembrete de que ainda há muito a ser feito.
O sucesso do Paraná se deve a uma combinação de fatores. O trabalho incansável de equipes de saúde, a estrutura eficiente da Central Estadual de Transplantes e, acima de tudo, a generosidade da população paranaense são os pilares desse resultado. Enquanto a média nacional de doação de órgãos por milhão de habitantes é um desafio, o estado consistentemente supera essa marca, demonstrando que a cultura da solidariedade está enraizada em nosso cotidiano.
Apesar dos avanços, o desafio de zerar a fila de espera por um transplante permanece. A falta de conhecimento sobre o processo de doação ainda é um dos maiores obstáculos. Muitos não sabem que a decisão final cabe à família, nem que expressar a vontade de ser um doador em vida é a atitude mais importante. O Setembro Verde é, portanto, a oportunidade perfeita para que essas conversas ocorram, transformando a desinformação em esperança.
Ao participar ativamente do Setembro Verde, seja divulgando informações, conversando com amigos e familiares, ou simplesmente refletindo sobre o tema, cada pessoa contribui para uma mudança cultural necessária. A doação de órgãos é o maior gesto de amor e altruísmo que alguém pode realizar, um legado que oferece uma segunda chance de vida a quem precisa. E é essa a mensagem que campanha nos lembra: a de que mesmo após o fim da nossa jornada, podemos continuar vivendo no corpo e na história de outra pessoa.
A cada “sim” para a doação, uma nova vida é escrita. Em meio a histórias de luto, a doação de órgãos representa a possibilidade de um legado de vida e esperança. O Paraná tem mostrado que, juntos, podemos transformar o cenário da doação de órgãos no país. A responsabilidade agora é de cada um de nós: que o verde do setembro se espalhe e se torne um símbolo de vida o ano inteiro.