Silêncio da cidadania

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A transparência do Poder Executivo não é apenas uma obrigação legal; é o pilar de uma democracia saudável e o elo direto entre a gestão pública e o cotidiano da população. Quando se fala em prestação de contas, estamos tratando de muito mais do que números em relatórios frios: falamos sobre a qualidade da nossa vida, o destino dos nossos impostos e diante a fotos pontuais que infelizmente acabam descredibilizando a população, esse ainda é um link de confiança no sistema.

Abertura e clareza na gestão não são um favor do governante, mas sim um direito inalienável do cidadão. Esse direito se materializa na capacidade da sociedade de saber exatamente como o dinheiro público está sendo gasto – cada centavo destinado à saúde, educação, segurança e infraestrutura. Nossa semana foi carregada de audiências públicas de prestação de contas das pastas e na próxima semana ainda terão algumas. E isso vale muito para sabermos os pontos altos e baixos que nosso município está passando.

Esse impacto da transparência na vida do cidadão é vasto e profundamente pessoal. Imagine o orçamento público como um bolo que precisa ser dividido. Quando o Executivo atua com transparência, ele permite que a sociedade fiscalize se o dinheiro que deveria construir a escola ou o hospital está, de fato, sendo investido ali e com a qualidade prometida. Essa visibilidade transforma o cidadão de mero pagador de impostos em fiscal ativo da gestão.

Ao acompanhar a execução de programas e projetos, a população, a imprensa e os órgãos de controle podem identificar falhas e sugerir correções de rota. Se uma política de saneamento, por exemplo, não está gerando o impacto esperado, a transparência permite que os dados de execução revelem o problema, possibilitando um debate informado e aprimoramento da estratégia.

A questão muitas vezes é o órgão aceitar essa discussão. Lembrar que a população faz parte daquele órgão.

O futuro da nossa democracia e a melhoria contínua dos serviços públicos dependem da nossa capacidade de exigir – e dos governantes de fornecer – a máxima clareza.

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