Em defesa do meio ambiente

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Preservar o meio ambiente deveria ser uma bandeira defendida por toda a população. Nem sempre isso acontece, principalmente, quando demanda além da boa vontade. É muito fácil poluir, danificar e destruir a natureza. Contudo, é difícil reparar os danos quando o estrago já está feito.  Ainda falta a consciência de que todos precisam que o ecossistema esteja em harmonia, por isso, que cada feito que resulta em benefício ao meio ambiente precisa ser celebrado.

A batalha em prol da logística reversa e da prática da Política Nacional de Resíduos Sólidos, no sentido de promover o recolhimento e a destinação adequada das lâmpadas fluorescentes inservíveis, iniciou na Comarca de Toledo em 2015. O Ministério Público do município foi o primeiro que moveu uma ação judicial do Estado do Paraná para as multinacionais envolvidas estivessem comprometidas em recolher e destinar esse material.

Foram cinco longos anos de luta. Foi travada uma batalha judicial. O processo que deu origem a tudo isso tem mais de 1.500 páginas e doze recursos.

Neste período, a ação rendeu uma liminar, posteriormente, confirmada três vezes seguidas pelo Tribunal de Justiça do Paraná. A demora do processo ocorreu em virtude dos inúmeros recursos aos Tribunais Superiores, inclusive Brasília. Enquanto isso o ônus era do meio ambiente e da saúde pública colocada em risco, visto que as lâmpadas inservíveis são altamente contaminantes.

Todo esse trabalho serviu como um modelo padrão para as demais comarcas do Estado. Aos poucos, o Ministério Público de outros municípios adotava a mesma medida e estava pautado na ação judicial que foi movida em Toledo. Um dos primeiros resultados visíveis aconteceu em 2016, quando uma decisão liminar determinou o recolhimento de 85 mil lâmpadas em Toledo. Outro aconteceu ontem (23) quando a Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa (Reciclus) recolheu mais 120 mil lâmpadas.

As empresas que trabalham com esse produto precisam dar o suporte de recolhimento e destinação adequada. Para a população cabe não jogar essas lâmpadas no lixo orgânico para que nenhum servidor da coleta corra o risco de se ferir, tão pouco, esse material contaminante venha a parar no aterro sanitário. Já para quem levanta essa bandeira de proteção do meio ambiente – seja leigo ou letrado – tem feito um trabalho que exige dedicação, persistência e reconhecimento.

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