O Agosto Lilás

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Começou no sábado o mês de agosto e com ele deu-se início à campanha pelo combate à violência contra a mulher com o chamado Agosto Lilás, um mês inteiro dedicado à discussão e à implementação de ações que tratem de combater essa mazela social que atrasa o Brasil diante de tantos casos dos mais variados tipos de agressão. Em 2020 se comemora os 14 anos da implantação da Lei Maria da Penha que, embora ainda apresente algumas falhas em função da própria estrutura de serviço da gestão pública no Brasil, ainda assim representou um grande avanço no combate às diversas agressões sofridas pelas mulheres.

No Paraná, como se viu há alguns dias, avançou-se com a adoção de datas comemorativas e com a formação de políticas sólidas no auxílio às mulheres, como a possibilidade de denúncia de agressões na rede de farmácias. Mesmo assim o estado está longe de ser considerado um exemplo no combate à violência contra as mulheres, ainda mais porque em apenas dez dos 399 municípios existe uma secretaria específica como existe em Toledo, embora nem sempre a prioridade tenha sido a defesa dos direitos das mulheres e sim a tentativa de implantar uma política ideológica que em nada contribuiu para o avanço nas discussões, como tem acontecido agora no âmbito estadual e federal, onde o Município de Toledo está inserido graças ao trabalho desenvolvido.

Mas o Agosto Lilás não pode ser apenas uma cor a mais no calendário colorido implantado no Brasil com as ondas de campanhas, como o Dezembro Laranja, o Setembro Amarelo ou o Maio Rosa. É preciso que o mês represente avanços significativos na defesa dos direitos das mulheres, seja com a adoção de novas leis, seja na revisão daquelas já existentes ou então medidas ainda mais simples, como a divulgação adequada de benefícios já conquistados, como aconteceu em Toledo quando se deu ampla divulgação a respeito do direito das passageiras mulheres desembarcarem fora dos pontos de ônibus tradicionais após determinado horário pensando justamente na maior segurança. Medidas simples e que podem tornar o cenário das mulheres mais colorido e menos negro.

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