Pressão aumenta

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A decisão dos promotores das comarcas de Cascavel, Curitiba, Londrina e Maringá de ingressarem com uma ação civil pública contra o Estado do Paraná, na tentativa de obrigar o Governo do Estado a suspender atos que autorizem o funcionamento de atividades que não sejam essenciais em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) é um item a mais de pressão sobre os gestores públicos. Também demonstra o quanto a paciência tem chegado ao limite extremo, tornando perigosa a distinção de até onde vai um poder e de qual pode ser sua influência sobre o outro.

Esta é uma discussão bastante complexa e que não cabe neste momento, pois a maior preocupação é mesmo se achar uma solução viável. O Ministério Público age de acordo com aquilo que seus promotores acreditam, mas também não está sendo fácil a vida dos gestores públicos diante da pressão sofrida, seja por parte dos cidadãos doentes; seja por aqueles que estão de certa forma sendo prejudicados com decisões necessárias, mas nem sempre compreendidas; além da própria queda na arrecadação, algo que nenhum outro poder constituído pode perceber, afinal, o dinheiro sai de um caixa único: do Executivo!

Se hoje o Paraná contabiliza cerca de 21 mil infectados, boa parte da culpa é também da população e, neste sentido, não se percebe uma ação mais enfática dos promotores no sentido de responsabilizar quem mais tem contribuído para a disseminação da doença: a sociedade em geral!

É preciso reconhecer o esforço que tem sido feito em Toledo para se controlar a doença, assim como em quase todo o Paraná, afinal, nenhum gestor quer carregar nos ombros o peso de mortes desnecessárias ou ainda ser acusado de omisso num momento tão grave.

Entretanto, de nada adianta este esforço se por parte da população em geral não existe consciência. Em Cascavel, no fim de semana, duas pessoas foram detidas por não estarem usando máscara, situação bastante parecida com Toledo. Ainda em Cascavel uma pesquisa apontou que 60% da população não utiliza máscara. Também algo bastante comum em Toledo e em outras cidades da macrorregião onde agora se tenta o lockdown completo, ação que demonstra o caos completo que está instalado.

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