Mauro Picini Programe-se 20/08/2021

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Sicredi Progresso PR/SP doará 28 toneladas de alimentos para entidades sociais

Arrecadação integra ações desenvolvidas na programação do Dia de Cooperar

Ajudar o próximo, cooperar e fazer do mundo um lugar melhor, integram os valores da Sicredi Progresso PR/SP.

Demonstrar a força do cooperativismo talvez nunca esteve tão em evidência nesse momento em que muitas pessoas precisaram ser ajudadas devido a pandemia imposta pela Covid-19.

Durante os meses de junho e julho a Sicredi Progresso PR/SP aderiu ao movimento do Dia de Cooperar, o Dia C, com objetivo de arrecadar alimentos através da integralização de capital social dos associados. Para cada R$20,00 integralizados a Cooperativa doa 1kg de alimento para uma entidade da comunidade local. As 18 agências estiveram engajadas no movimento que arrecadou 28 toneladas de alimentos que estão sendo doadas para entidades escolhidas pelas agências em suas áreas de atuação. Mais de 28 entidades socioassistenciais estão sendo contempladas.

O Dia C é um movimento liderado pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e objetiva desenvolver ações de responsabilidade social entre as cooperativas, fazendo parte dos princípios e valores que elas têm. É considerado o maior movimento cooperativista de voluntariado do Brasil. O propósito é cuidar das pessoas, do meio ambiente e incentivar atividades voluntárias que impactam no bem comum. Essa agenda também faz parte da contribuição do Sicredi com a Agenda Global e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Para o presidente, Cirio Kunzler, a solidariedade expressada por meio do voluntariado faz parte da essência da Cooperativa e não faz sentido estar aqui se não for para ajudar o outro. “Uma sociedade mais próspera a gente faz juntos. Quando somamos forças, transformamos pessoas, comunidades e cada quilo de alimento arrecadado leva mais do que uma ajuda a quem precisa, entrega nossos valores e nosso sentimento de solidariedade e empatia com o próximo. A cada associado que colaborou, nosso muito obrigado”.

Um movimento que transforma
Cooperar é um ato que acontece todo dia e as entregas do Dia C se somam a muitas outras ações de responsabilidade social realizadas pela Sicredi Progresso PR/SP. São exemplos, a doação de ventiladores pulmonares e copos de água potável para hospitais do Oeste do Paraná, apoio e patrocínio de lives solidárias, ações remotas para arrecadação de donativos, entre outros.

O envolvimento e a sinergia de colaboradores, conselheiros, coordenadores de núcleo, membros dos comitês mulher e jovem promovem o cooperativismo, o bem-estar às pessoas, através de atividades voluntárias. Cada movimento realizado transforma vidas, pessoas e a comunidade.

Sobre a Sicredi Progresso PR/SP
Com 40 anos de atuação a Sicredi Progresso PR/SP está presente na vida de aproximadamente 50 mil associados. Nossa história, construída na essência da cooperação, nos permite ter atualmente 18 agências distribuídas na área de ação nos estados do Paraná e São Paulo. Destas, 12 estão no Paraná, nos municípios de Toledo, Nova Santa Rosa, Tupãssi, São Pedro do Iguaçu e Ouro Verde do Oeste; E as outras 6, em São Paulo nos municípios de Mogi das Cruzes, Suzano, Itaquaquecetuba, Guararema, Ferraz de Vasconcelos e Poá. Nosso capital humano conta mais de 300 colaboradores focados nos valores do cooperativismo e na oferta de produtos e serviços financeiros adequados aos associados, de um jeito simples e próximo. O Sicredi Progresso integra o Sistema Sicredi que hoje está presente em 24 estados e no Distrito Federal.

Microculturas juvenis e suas
experiências digitais

Clóvis Teixeira Filho (*)

No dia 12 de agosto, por resolução da Organização das Nações Unidas, comemorou-se o Dia Internacional da Juventude. Entre as várias práticas juvenis da atualidade, o acesso aos dispositivos digitais e o uso das mídias sociais têm se destacado. O Atlas das Juventudes expõe o acesso à internet por mais de 90% dos jovens, em que as mídias sociais têm espaço diferencial. No entanto, ao contrário do foco excessivo nos malefícios do uso das mídias sociais, é relevante pensa-las como espaços de experiência intermediária entre o privado e o público. Espaços com oportunidades e riscos, diferentes ideologias, discussões e entretenimento, entre outras possibilidades.

Juntamente com as práticas juvenis, também foram alteradas as formas como entendemos e pesquisamos a juventude. Inicialmente, o estudo sobre jovens estava restrito à marginalidade de gangues, passando para as subculturas trabalhadoras em contraste aos demais sujeitos que, na visão dos pesquisadores, reproduziam a cultura midiática de massa. Já nos anos 1980, o conceito de novas tribos ficou conhecido por evidenciar agrupamentos mais efêmeros, em contato com espaços urbanos, em que o afeto e o comprometimento com o grupo afastavam o individualismo.

Mais do que categoria homogênea, representada pelos estudos de geração Z, por exemplo, falamos hoje de juventudes, no plural. Afinal, são atravessadas por singularidades regionais, gênero, classe econômica e cor, entre outras condições que tornam as experiências igualmente diversas. Atualmente, tem sido explorada a abordagem de microculturas juvenis. Ela compreende um entra e sai de grupos, com experiências plurais e identidades múltiplas, em redes de relacionamento com laços mais frágeis e temporários, em que a expressão individual se sobressai, em busca de vivências com foco no prazer e no presente.

As microculturas permitem compreender as várias expressões em rede e se distancia das representações da comunicação de massa. Além disso, a juventude também se tornou mais do que uma faixa etária. Representa um ideal de vida moderno, em que a liberdade e as formas de expressão rompem padrões rígidos e são atravessados pelos usos e apropriações da mídia e do consumo.

As mídias sociais como lugares entre a vida pública e a privada são promissores às experiências juvenis, lembrando que as influências são plurais às várias juventudes. Na socialização estão os amigos, influenciadores digitais, instituições, produtos e marcas, mas também os desconhecidos, os que pertencem a outros grupos e pensam de forma diferente, além dos bots, dos perfis anônimos e dos algoritmos que regulam boa parte dessas interações. Na dimensão privada, os dados pessoais, as informações sobre as rotinas e gostos, a sexualidade, os laços próximos da família, da casa e do quarto como um território único, mesmo que compartilhado. A interação entre vários atores é realizada pelos jovens pensando com quem compartilham essa privacidade e refletindo também na audiência que visualiza suas mensagens. É campo fértil para ter contato com os amigos e interesses já consolidados, mas também com o novo, com as trocas de ideias e formas de pesquisa e aprendizado.

Essas formas de produzir, consumir e circular conteúdos em rede criam rituais com sentidos fortes a serem compartilhados com outros atores. O audiovisual que propõe desafios, as marcações de ativismo social, os tutoriais de tecnologia e aplicativos, a indicação de produtos e turismo e, claro, os memes são exemplos dessas práticas. Portanto, antes de apenas restringir os usos ou criticarmos veementemente as práticas juvenis, cabe pensarmos em quem pode mediar essas interações de forma saudável, para ampliar as oportunidades e diminuir os riscos. Nesse aspecto, pais e educadores podem ser úteis ao desenvolverem competências midiáticas, ouvirem os jovens e tratarem com afeto e experiência de vida a convivência dos mais novos em sociedade.

(*) Doutorando em Ciências da Comunicação e Coordenador dos Cursos de Pós-graduação em Comunicação da UNINTER.