Mauro Picini – Sociedade + Saúde 03/05/2023

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Acidentes no trabalho espalham doenças oculares

Lesões nos olhos estão entre as mais frequentes segundo relatório do INSS e podem causar graves doenças

Dados do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social mostram que em 2022 ocorreram 612,9 mil notificações de acidentes de trabalho, bem acima dos 442,8 mil registrados em 2020 quando começou a pandemia de covid 19. O relatório também revela que em uma década, 2012 a 2022, o olho ocupou a oitava posição no ranking das notificações, totalizando 3% do total ou 166.310 lesões no período. As partes mais atingidas apontadas pelo relatório foram: dedo 24%, pé (exceto artelhos) 8%, mão (exceto punho ou dedos) 7%, joelho 5%, partes múltiplas 4%, perna 4% e olho 3%.
De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, este número de acidentes indica um aumento exponencial dos custos corporativos. Isso porque, para cada R$ 1 segurado pela Previdência podem ser acrescidos R$ 4 não segurados. O especialista ressalta que as lesões laborais nos olhos sinalizam falta de óculos de proteção, também conhecidos como EPI (Equipamento de Proteção Individual) ocular, ou uso de óculos de proteção inadequado.
Os acidentes oculares apontados pelo INSS foram causados por – agentes químicos e biológicos, ferramentas manuais e equipamentos. Queiroz Neto afirma que as principais complicações oculares decorrentes das lesões laborais são: ceratite, catarata e glaucoma traumático dependendo da causa. “A catarata traumática é mais frequente entre eletricistas que trabalham sem EPI e recebem qrande quantidade de radiação ultravioleta nos olhos”, afirma. Também pode ocorrer entre soldadores e dentistas, pontua
“Soldadores que trabalham sem EPI sentem forte ardência nos olhos. É a ceratite do soldador uma inflamação da córnea que geralmente só é percebida durante a madrugada”, explica. O oftalmologista alerta que a automedicação com colírio anestésico para aliviar a ardência pode levar à úlcera na córnea, infecções, perda temporária da visão e até ao transplante de córnea. No contato com produtos químicos ou biológicos recomenda lavar abundantemente os olhos e passar por consulta para higienização profissional e prescrição de colírio.
O glaucoma, ressalta, pode ser causado por uma contusão. Por ser uma doença silenciosa que só é percebida em estágio avançado recomenda passar por consulta oftalmológica após sofrer um impacto na região dos olhos.

Prevenção – Para Queiroz Neto o número de acidentes oculares no trabalho é bem maior que os notificados ao INSS por causa da uberização de muitas atividades. A boa notícia é que os óculos previnem 9 em cada 10 acidentes oculares. A escolha deve levar em conta a atividade e o ambiente de trabalho. As principais dicas do oftalmologista são:

Proteção lateral total – É indicado para impedir que os olhos sejam atingidos por partículas multidirecionais ou radiação UV (Ultravioleta)

Protetor com perfuração – Permite a ventilação e é ideal para não embaçar a lente em ambientes quentes.

Protetor fixado em tela de aço – Indicado para evitar perfuração ocular por partículas mais pesadas.

Proteção lateral fixa – Para atividade de baixo risco como supervisores e dentistas que precisam manter boa visão periférica.

Melhor cor de lente – Queiroz Neto diz que a cor da lente influi na visão de contraste, cansaço, visual e ofuscamento, mas ressalta que o ideal é que todas tenham proteção ultravioleta. As recomendações para melhorar a visibilidade são:

Amarela – Para motoristas em condições de pouca luz como dias nublados, com neblina e à noite. Também evita o ofuscamento e por isso é indicada para direção noturna.

Cinza – Ideal para proteção contra ao excesso de luminosidade do sol e nos trabalhos de solda.

Verde – Melhora a visibilidade em condições moderadas de luminosidade.

Laranja – Melhora a visão de contraste tanto em dias ensolarados como durante a noite.

Azul ou rosa – Ideais para descansar os olhos.

Conscientização sobre o Parkinson

Viviane Oliveira de Melo (*)

A doença de Parkinson é uma patologia neurodegenerativa, isto significa que o tecido nervoso, em algumas regiões, vai morrendo fazendo com que o sistema nervoso deixe de exercer determinadas funções.No caso desta doença, os neurônios dopaminérgicos dos núcleos da base do cérebro são atingidos, comprometendo, por exemplo, a motricidade fina e a expressão facial.
Dentre as doenças neurodegenerativas, a doença de Parkinson é a com segunda maior ocorrência. Segundo a Organização Mundial da Sáude (OMS), em 2019, a estimativa era de 8,5 milhões de pessoas no mundo com o diagnóstico. Além dos problemas emocionais oriundos da condição, da evolução em si desta doença, pois ainda hoje não se tem um tratamento curativo, trata-se de uma patologia de característica crônica e progressiva.
As pessoas parkinsonianas ainda lidam com o estigma social, com o preconceito, podendo se sentirem menosprezadas, constrangidas e até envergonhadas por sua condição. Isso em virtude, da forma como são olhadas, pelas falas próximas em tom de “pena”, e o pré-julgamento de não serem capazes de realizar diversas atividades. De tal modo, que muitos parkisionianos preferem se isolar agravando ainda mais a condição, especialmente a depressão, que é comum nesta doença, devido a falta em si do neurotransmissor dopamina, pelos sentimentos de tristeza, ansiedade decorrentes do diagnóstico e das alterações motoras (tremor, lentidão, face em máscara, regidez muscular, fala arrastada, dificuldade de equilíbrio)
É importante que a sociedade seja educada em não olhar o parkisoniano de maneira diferente e pré-julgar o que ele pode ou não realizar. Hoje com medicação e fisioterapia, muitos conseguem levar suas tarefas cotidianas dentro da normalidade por um longo período. Os pacientes possuem dificuldades, mas conseguem ultrapassá-las.
Ainda merece destaque, que o medo da doença, faz diversos pacientes buscarem por um diagnóstico e tratamento tardiamente, aumentando os índices de incapacidade e óbito. É importante que os parkinsonianos sejam incentivados a saírem, terem atividades normais de lazer, pois seu diagnóstico, assim como de todas as doenças, não retira a sua dignidade, enquanto ser humano e membro da sociedade, merecendo ser valorizado, cuidado, atendido com respeito como qualquer outra pessoa
*Viviane Oliveira de Melo é especialista em Neuroaprendizagem, Piscomotricidade, Biotecnologia e tutora dos cursos de Pós-Graduação do Centro Universitário Internacional Uninter na área de Neurociência.

Baixas temperaturas pedem cuidados dobrados com a saúde do coração

No Dia Nacional do Combate à Hipertensão Arterial, a Prati-Donaduzzi traz orientações para prevenir as doenças cardiovasculares

Foi dada a largada para a temporada de tirar os casacos e as botas dos armários. Os dias iniciam mais frios, no período da tarde a temperatura tende aumentar e de noite diminuir, causando maior incidência de ventos e diminuição da umidade do ar. O termômetro, além de deixar registrado que o outono está apenas começando, alerta: é hora de cuidarmos da saúde do nosso coração. No Dia Nacional do Combate à Hipertensão Arterial (26), a Prati-Donaduzzi traz orientações para prevenir as doenças cardiovasculares.
Além das doenças respiratórias como gripe, crise de asma, bronquite, sinusite e pneumonia comuns nessa época do ano, é preciso dobrar os cuidados para o bom funcionamento do coração, pois ele também pode ser prejudicado. A hipertensão ocorre quando a pressão do sangue causada pela força de contração do coração e das paredes das artérias para impulsionar o sangue para todo o corpo acontece de forma intensa, sendo capaz de provocar danos na sua estrutura.
As mudanças climáticas e a exposição à poluição causam o aumento da pressão arterial e da tendência à coagulação do sangue, e o coração fica sobrecarregado, aumentando o risco das doenças como infarto, arritmias e acidente vascular cerebral. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares matam mais de 17 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Algumas simples mudanças de hábitos durante esta estação podem contribuir para termos uma vida mais saudável e equilibrada.

Alimentação balanceada – Alimentos ricos em fibras, legumes, verduras e frutas contribuem para o desenvolvimento do corpo, bem como aumentam a disposição e a autoestima, diminuindo o estresse, ansiedade e melhorando a qualidade do sono. Outro fator importante é o consumo de dois litros de água diariamente, mas essa quantidade pode variar dependendo do peso corporal de cada pessoa. Essa prática ajuda o organismo absorver os nutrientes, regular a temperatura do corpo e eliminar toxinas, e também melhora o desempenho físico e mental.

Põe casaco, tira casaco – Estar bem agasalhado é fundamental nesta época do ano, principalmente as crianças e os idosos que são mais suscetíveis as alterações climáticas. Quando a temperatura esfria, nosso corpo gasta mais energia para se manter aquecido. Apesar de ser a estação conhecida como ‘põe casaco, tira casaco’, é recomendável usar roupas apropriadas, além de evitar locais fechados e aglomerados, pois eles facilitam a propagação de vírus e bactérias.

Pratique exercícios físicos – Conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), os adultos devem fazer entre 150 e 300 minutos de atividade física moderada ou entre 75 e 150 minutos de atividade física intensa por semana. Incluir o hábito de se exercitar na sua rotina proporciona mais saúde e qualidade de vida, reduz diversas doenças, ajuda controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol.

Saúde em dia – Para manter a saúde em dia é necessário que novos hábitos sejam cultivados, entre eles fazer os exames periódicos regularmente e ter sempre a carteira de vacinação em dia. Cuidar da saúde vai muito além da alimentação e praticar exercícios físicos, são diversos fatores que influenciam no aumento da imunidade e da expectativa de vida, proporcionando mais tempo com a família e amigos.

SOBRE A PRATI-DONADUZZI – A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz aproximadamente 13 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais 5 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição Médica, sendo a primeira farmacêutica a produzir e comercializar o Canabidiol no Brasil.

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