Mauro Picini Sociedade + Saúde 20/05/2020

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Nova mutação genética é relacionada ao câncer de tireoide 

Pesquisa identifica mutação genética e o risco maior de câncer de tireoide quando há casos na família

Hoje, estima-se que 52 milhões de brasileiros convivam com nódulos de tireoide no Brasil na faixa dos 50 anos, sendo que 10% dos nódulos são diagnosticados malignos (cancerígenos). Segundo levantamento recente do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a tendência é de 40 mil novos casos de câncer de tireoide entre 2020 e 2022, afetando quatro vezes mais as mulheres do que os homens. 

O câncer de tireoide é o mais comum da região de cabeça e pescoço e quase 80% dos casos são do tipo papilífero, que é menos agressivo e quando pequeno pode ser detectado em exames de rotina. O risco do nódulo ser câncer depende do seu tamanho, características e da presença de gânglios cervicais. A história familiar de casos da doença é um dos principais fatores para o aumento de câncer de tireoide. Outras causas conhecidas são tratamento com irradiação do pescoço, radioterapia em baixas doses (principalmente na infância), além da obesidade, o tabagismo, exposições hormonais e a poluentes ambientais.

“Há muitos anos a prática nos mostra que o histórico de câncer de tireoide na família é uma das principais causas da doença, as pessoas que têm parentes de primeiro grau com câncer de tireoide têm duas a cinco vezes mais chance de ter o problema”, explica Leonardo Rangel, cirurgião de cabeça e pescoço, especialista em tireoide e pesquisador da UERJ.

Os sintomas mais comuns de nódulos são inchaço no pescoço (bócio), dificuldade para mastigar e engolir e até para falar, mas muitas vezes o paciente não apresenta sintomas e o câncer é descoberto em estágio mais avançado.

MUTAÇÃO E RISCO DE CÂNCER DE TIREOIDE – Em um estudo publicado na Cancer Research (EUA), os pesquisadores acompanharam uma família composta por oito pacientes com câncer de tireoide, ao longo de quatro gerações. Ao analisar os dados, descobriram que todos os membros da família com câncer de tireoide tinham uma mutação rara em um gene chamado DUOX2, que ocorre uma vez em cada 138.000 membros da população em geral. A mutação é a primeira e única associada ao câncer familiar de tireoide a ser identificada em um gene que é expresso principalmente na glândula tireoide; e ajudou a entender por que essa forma de câncer é mais hereditária do que outros cânceres.

 

CIRURGIA DE TIREOIDE SEM CICATRIZ – Se o diagnóstico é de câncer na tireoide, o tratamento sempre é cirúrgico. Conforme cada paciente e sua condição clínica, agora a tireoidectomia total ou parcial também pode ser feita com acesso endoscópico dentro do lábio e não só pelo pescoço como a cirurgia tradicional. Principalmente para as mulheres, há o incômodo de ficar com uma cicatriz grande no pescoço, o que não acontece com essa técnica. “A cirurgia endoscópica é feita com equipamentos de vídeo, a câmera aumenta a imagem e muda a forma como o cirurgião manipula e enxerga as estruturas da glândula, diminuindo certos riscos como lesões nas cordas vocais, a dor no pós-operatório e a cicatriz é invisível por dentro da boca ”, finaliza Rangel.

Para mais detalhes sobre a pesquisa acesse o link: https://www.sciencedaily.com/releases/2019/11/191120121201.htm

 

Saúde mental das mães é tema de live promovida pela Prati-Donaduzzi

O isolamento social têm evidenciado as diversas tarefas que as mulheres desempenham no dia a dia. Elas são mães, trabalhadoras, donas de casa e muitas vezes chefe de família. Preocupados com a saúde mental e bem-estar das pessoas, a Prati-Donaduzzi realizou na última sexta-feira (08), uma live sobre o tema. A transmissão ocorreu no perfil da farmacêutica no Instagram e teve como convidada a psiquiatra e doutora em Saúde Mental, Maria Cecilia Freitas. O bate papo foi mediado pelo diretor de Prescrição Médica, Edilson Bianqui.

O objetivo da live foi informar e esclarecer as dúvidas das mamães de como agir em período de quarentena. “Quando eu fui convidada para falar desse tema eu fiquei extremamente feliz. Eu senti uma necessidade enorme por ser mãe e principalmente em saber o que as mães estão passando”, destaca Maria Cecilia. A ação integra uma série de atividades que a farmacêutica paranaense está desenvolvendo com foco na saúde. “Estamos em um momento muito delicado e é um grande desafio para todos. Nós temos certeza que tudo vai ficar bem, nós da Prati-Donaduzzi temos um grande compromisso com os brasileiros e queremos auxiliar na superação”, diz Bianqui.

 

Participação

Durante a live mais de 500 seguidores participaram da transmissão e interagiram com diversas perguntas. Segundo a psiquiatra, quando iniciou a quarentena foram divulgadas diversas atividades para realizar em casa, como, por exemplo, cursos, filmes, atividades físicas entre outras. Porém, a conversa desta vez foi diferente.

“Apesar de sermos flexíveis, o nosso cérebro tende a manter a rotina, aquilo que funciona. Com a pandemia surgiram diversas dicas, mas quem têm filho pequeno sabe que na prática é diferente. Por isso entra a angústia, pois as soluções muitas vezes não funcionam”, explica Cecilia ao revelar diversas dicas para manter a saúde mental em dia.

A especialista aponta que uma das principais maneiras das mães passarem por este momento é ter leveza, aceitar o novo que a situação apresenta e evitar a cobrança excessiva. Confira a live completa através do link: https://youtu.be/rGXpZFEgRFY

Durante a live mais de 500 seguidores participaram da transmissão e interagiram com diversas perguntas. Foto: Prati-Donaduzzi.

 

Engenheiros do Parque Tecnológico de Itaipu contribuem com projeto que possibilitou a produção de respiradores por indústria de peças

Uma equipe do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), que conta com quatro engenheiros, está dando suporte para a indústria Schumacher, de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, que adaptou sua linha de produção para a criação de ventiladores mecânicos, conhecidos como respiradores. Originalmente produtora de peças de hidráulica e pneumática para montadoras de ônibus, a Schumacher passou por uma transformação para atuar no combate à pandemia de Covid-19. “Como nós temos essa expertise em produzir válvulas e componentes para montadoras e temos capacidade de produção, nós nos colocamos à disposição para produzir esses equipamentos. Buscamos na legislação e pesquisamos junto a equipes médicas os requisitos necessários para esse tipo de aparelho e iniciamos o trabalho para ajudar a população nesse momento tão difícil que estamos vivendo”, explica Marta Schumacher, proprietária da indústria.

Segundo Rolf Massao Satake Gugisch, um dos engenheiros do Parque Tecnológico de Itaipu envolvidos no projeto, o PTI apoia várias iniciativas de combate ao Coronavírus. Segundo ele, como a empresa é da região Oeste, possui insumos para a produção, mas necessita do conhecimento do PTI, a Itaipu decidiu então apoiar o projeto para a fabricação do respirador. “Nós estamos dando suporte à empresa tanto no desenvolvimento eletrônico e sensorial do respirador, quanto na orientação das normativas necessárias e na busca de parceiros, para que o aparelho seja homologado pela Anvisa, o quanto antes”, esclarece o Engenheiro Eletricista.

Os respiradores são equipamentos médicos que ajudam os pacientes em estado grave quando seu sistema respiratório apresenta dificuldade de funcionar plenamente, como acontece com os infectados pelo novo Coronavírus.

O protótipo foi desenvolvido na própria empresa e apresentado em clínicas e hospitais. Três equipes médicas das cidades de Marechal Cândido Rondon, Cascavel, Foz do Iguaçu e Curitiba, conheceram o equipamento e o aprovaram. O respirador também foi testado em animais. “Nós estamos agora numa fase mais demorada que é a parte burocrática. O respirador tem que passar por um Comitê de Ética, que deve ser do Hospital do Câncer Ceonc ou do Hospital Universitário do Oeste do Paraná em Cascavel, para então iniciar os testes em humanos e seguir para a homologação da Anvisa”, esclarece Gugisch.

Segundo a empresária Marta Schumacher, assim que o respirador for homologado pela Anvisa, passará a ser produzido, porém, não comercializado. “O nosso aparelho vai corresponder às expectativas emergenciais neste momento de pandemia, uma vez que tivemos todos os cuidados e nos preocupamos com a segurança necessária que esse tipo de equipamento demanda”, afirma a empresária.

Para a produção dos respiradores, a empresa está adaptando um ambiente separado do restante dos itens produzidos, para garantir regras de segurança sanitária exigidas em produtos desta natureza.

Ainda de acordo com Marta Schumacher o projeto é aberto e depois da homologação pela Anvisa, empresas que tiverem interesse nos equipamentos poderão comprar os insumos que a indústria ficará responsável pela produção.

Legenda fotos: Secom Cascavel e PTI

Sobre o Crea PR – O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das áreas da engenharia, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de atualização e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.

 

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