Comércio do Paraná cresce acima da média nacional e tem a 3ª maior receita bruta do Brasil

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O comércio paranaense teve a terceira maior receita bruta do Brasil em 2023, de acordo com os dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgados nesta quinta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ao todo, o setor movimentou R$ 620 bilhões ao longo do ano, com crescimento de 7,5% em relação a 2022, aumento superior à média nacional, que foi de 7,3%.

O Paraná ficou atrás apenas de São Paulo (R$ 2,2 trilhões) e Minas Gerais (R$ 767 bilhões), que são os dois estados mais populosos do Brasil. Logo na sequência, atrás do Paraná, ficaram Rio Grande do Sul (R$ 499 bilhões), Santa Catarina (R$ 490 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 479 bilhões).

Com esta marca, a representatividade do Estado na receita bruta de revenda do País atingiu 8,1%. Na Região Sul, o Paraná lidera com folga, concentrando 38,5% de toda a movimentação comercial, enquanto o comércio do Rio Grande do Sul representou 31% da movimentação regional, e de Santa Catarina foi de 30,5%.

O comércio por atacado foi o principal motor da atividade econômica no Estado, respondendo por 55,2% da receita bruta, seguido pelo varejo (36,3%) e pelo segmento de veículos, peças e motocicletas (8,5%).

EMPREGOS – A pesquisa mostra que o setor comercial paranaense empregava, em 2023, mais de 809 mil pessoas com carteira assinada, o que representa um crescimento de 4,7% no número de trabalhadores em comparação com o ano anterior, quando 773 mil pessoas trabalhavam na área. O aumento paranaense é praticamente o dobro do crescimento registrado pelo Brasil, que foi de 2,6%. Em todo o País, 10,5 milhões de pessoas trabalham no comércio.

Em números absolutos, o Paraná é o quarto Estado com maior número de trabalhadores no comércio em todo o Brasil, atrás de São Paulo (3 milhões), Minas Gerais (1,1 milhão) e Rio de Janeiro (822 mil), e à frente de Rio Grande do Sul (728 mil), Santa Catarina (576 mil) e Bahia (500 mil).

Ao longo do ano, estes trabalhadores receberam um total de R$ 27 bilhões em salários, que é o terceiro maior volume do Brasil, atrás apenas de São Paulo (R$ 125 bilhões) e Minas Gerais (R$ 31 bilhões). Na sequência ficaram Rio Grande do Sul (R$ 25 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 25 bilhões) e Santa Catarina R$ 20 bilhões).

O comércio varejista paranaense concentrou a maior parte da mão de obra, com 554.181 postos (68,4%), seguido pelo atacado, com 169.307 (20,9%), e o comércio de veículos, peças e motocicletas, com 86.380 trabalhadores (10,7%).

EMPRESAS – A pesquisa também aponta que em 2023 o Paraná encerrou o ano com 141.581 unidades, um aumento de 2,1% em relação a 2022. É o maior número de estabelecimentos desde 2015, revertendo uma tendência de queda registrada ao longo da última década.

A maior parte das empresas do comércio local estava enquadrada no grupo varejista, que possuía 101.641 unidades, representando 71,8% do total. O comércio por atacado somou 23.508 unidades comerciais (16,6%), seguido pelo comércio de veículos, peças e motocicletas, com 16.432 empresas (11,6%).

BRASIL – O levantamento mostrou que em 2023 o Brasil contava com 1,7 milhão de unidades locais. A pesquisa também mostra uma tendência de transformação no perfil do setor, com destaque para o crescimento do comércio eletrônico – entre 2019 e 2023, o número de empresas que venderam pela internet praticamente dobrou, passando de 1,9 mil para 3,7 mil.

Realizada anualmente pelo IBGE desde 1996, a Pesquisa Anual de Comércio (PAC) é a principal fonte de estatísticas estruturais sobre o setor comercial brasileiro. Os dados completos podem ser acessados pelo SIDRA, banco de dados do IBGE.

AEN

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