Brasil que Alimenta: a ponte entre quem planta e quem precisa

Estimated reading time: 4 minutos
Comida de verdade voltou a ser prioridade. A ONU anunciou a saída do Brasil do Mapa da Fome em julho de 2025, reconhecendo os avanços promovidos por políticas públicas que garantem acesso à alimentação. Do campo ao prato, programas como o PAA, as Cozinhas Solidárias e o Fomento Rural estão reconstruindo os caminhos da comida no país.
Toledo, município localizado na região Oeste do Paraná, é reconhecido nacionalmente pela sua força no campo. Os números da produção agrícola são expressivos e crescem a cada ano, impulsionando a economia local e colocando a cidade entre as líderes do agronegócio brasileiro.
Porém, há uma realidade que contrasta com toda essa abundância de produção alimentar. Apesar do plantio em larga escala, famílias toledanas enfrentam necessidades alimentares e dependem de políticas públicas para garantir uma alimentação digna. Afinal, em meio a tanto alimento produzido, ainda há moradores que convivem com a insegurança alimentar. As famílias sentem, diariamente, o peso de um armário vazio e a incerteza do que haverá para a próxima refeição.
É nesse cenário que o comprometimento com a produtividade do agronegócio, com o trabalho do agricultor familiar e das famílias em situação de vulnerabilidade alimentar, que políticas públicas agem com assertividade e rapidez para atender as demandas não só no estado mas em todo Brasil.
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma política pública que transforma não só a mesa, mas também a dignidade de quem mais precisa. Em comunidades onde a fome ainda é rotina, mães voltam para casa com esperança nas sacolas: arroz, feijão, hortaliças e frutas. Comida de verdade para garantir o café da manhã, o almoço e o jantar dos filhos.Nos últimos dois anos, o PAA investiu mais de R$ 2 bilhões na compra de alimentos frescos da agricultura familiar — fortalecendo quem produz e alimentando quem tem fome. Ao lado dele, as Cozinhas Solidárias, também apoiadas pelo governo federal, irão preparar mais de 13 milhões de refeições em 2025 para pessoas em situação de insegurança alimentar, garantindo comida no prato e acolhimento onde mais importa.
As cestas entregues vão além da comida:
representam acolhimento, dignidade e a chance de uma vida mais saudável. Muitos dos produtos são cultivados por mãos que também vivem da terra, fechando um ciclo virtuoso entre quem planta e quem se alimenta. Em uma cidade que colhe em abundância, programas como o PAA mostram que justiça social também se constrói a partir do prato cheio.
Água também é alimento.
Em muitos territórios do Brasil, ter água por perto muda tudo. Onde antes era preciso caminhar quilômetros com baldes na cabeça, hoje há cisternas ao lado de muitas casas do Brasil, armazenando água limpa da chuva.
Já são mais de 1 milhão de famílias beneficiadas pelo Programa Cisternas, uma iniciativa do governo federal que leva dignidade para dentro das casas, melhora a saúde, fortalece a produção de alimentos e devolve o tempo – principalmente às mulheres, que sempre foram as mais afetadas pela ausência desse direito básico. Com água acessível, vem também a possibilidade de plantar, cozinhar, trabalhar e sonhar com um futuro mais justo. Porque quando a água chega, a dignidade volta junto.
Em um país onde 85% da população vive em áreas urbanas, o combate à fome exige articulação e presença do Estado nos territórios.
A Estratégia Alimenta Cidades atua justamente nesse sentido: unindo esforços dos governos federal, estaduais e municipais para enfrentar a insegurança alimentar nas grandes cidades. É uma política que fortalece redes locais, mobiliza estruturas públicas e coloca a comida de verdade no centro das soluções para quem vive nas periferias urbanas.
Saiba mais em: www.mds.gov.br